Investir em Imóveis

O que gera mais retorno: investir na planta em um apartamento de 2 quartos ou em kitnets?

Avalie o seu momento de vida e confira qual opção se adequa melhor às suas necessidades de uso e de rendimentos

Por:Verônica Lima 08/12/2020 3 minutos de leitura
Algumas regiões tendem a dar mais retorno, principalmente as que estão em grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiros e demais capitais/ Foto: Getty Images

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Todo investidor busca retorno, afinal, é essa a intenção quando realizamos uma aplicação. No mundo dos imóveis isso não é diferente, mas algumas dúvidas são comuns. Por exemplo, o que gera mais retorno: investir na planta de um apartamento de dois quartos ou em uma kitnet? Buscamos a ajuda de um profissional para responder a essa pergunta.

De acordo com Mauricio Focas Carrer, que trabalha como CEO e Co-Founder da InstaCasa, para esclarecer a questão é necessário olhar para o ROI, que é a sigla em inglês para Retorno Sobre o Investimento, ou seja, qual o retorno sobre o capital investido, e nesse caso a tendência é que a kitnet seja mais vantajosa.

“O studio (ou kitnet) é menor e existe a possibilidade de locação no modelo short stay, onde o locador fica por um curto período e paga a estadia por noites, ao invés da tradicional locação mensal. Nesta modalidade, o retorno pode ser muito maior, superando a locação tradicional mesmo com uma taxa de ocupação parcial”, explica o profissional.

Carrer ressalta ainda que em locações tradicionais a taxa de retorno fica na média de 0,4% ao mês, podendo atingir até 0,6%. Em locações no formato short stay, a rentabilidade é maior, chegando a 1% ao mês de acordo com a situação do imóvel e sua localização. “Deve-se, porém, considerar eventuais investimentos para melhorias e manutenções da unidade, assim como avaliar potenciais períodos de vacância para composição da rentabilidade final”, ressalta Mauricio.

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Locais

De acordo com o profissional, algumas regiões tendem a dar mais retorno, principalmente as que estão em grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiros e demais capitais. Já nas locações mensais, as regiões com grandes universidades tendem a trazer um fluxo maior, por causa dos estudantes.

“Em outras regiões do País, fora de grandes centros urbanos, a locação deve apresentar a mesma rentabilidade de aproximadamente 0,4% ao mês, considerando que o valor de locação é mais baixo. Porém, o valor dos imóveis tende a ser menor também”, afirma ele.

Motivos para investir em locação

Segundo Carrer, os cinco principais motivos para investir em imóveis para locação são:

  • Patrimônio sólido;
  • Resiliente a políticas econômicas variadas e flutuações de mercado;
  • É automaticamente corrigido pela inflação na valorização de mercado;
  • Rentabilidade de locação é real e não nominal como a maioria dos investimentos;
  • Você pode morar no imóvel em alguma emergência.

Se for investir para morar, atenção!

Mudando o objetivo, quando o investimento é para uma moradia própria e não para negociação, alguns fatores devem ser analisados, além de, claro, a possibilidade de locação futura. “Unidades menores tendem a ser locadas mais rápido e por melhor preço, porém, se você possui uma família grande e a intenção é morar no imóvel, as variáveis de tomada de decisão serão outras, como número de quartos e proximidade com local de trabalho e estudo”, alerta Focas.

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O profissional indica que antes de fechar um acordo é necessário tomar alguns cuidados. “Deve-se estudar bastante a dinâmica do local da unidade para entender a sua vocação e validar se tem aderência com a finalidade pretendida. Os studios devem estar próximos a centros financeiros e infraestrutura de transportes para que tenham demanda. Apartamentos maiores com vagas de garagem podem estar em bairros residenciais mais periféricos.”

Para ele, estudar o plano diretor ou políticas de ocupação do solo pode ser útil, pois as políticas podem apontar melhorias urbanas futuras que valorizariam o imóvel e potencializariam o ganho. “Em outros casos, podem incentivar uma determinada tipologia que acabará gerando uma super-oferta e aumentar a competição, levando a valores de locação mais baixos. Este é o caso, por exemplo, do novo plano diretor de São Paulo, que incentiva a produção de apartamentos studios em eixos de mobilidade e tende a gerar uma superoferta na cidade’, finaliza Carrer.

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