Aluguel de temporada

10 cuidados para alugar uma casa no carnaval

Mercado de locação é impulsionado pela data, mas período também cria oportunidade para tentativas de golpe

Por: Redação, Estadão Imóveis 23/01/2024 6 minutos de leitura
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Buscar referências e firmar acordo em contrato podem ajudar a evitar preocupações durante celebração/ Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

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As ruas do Brasil já foram tomadas pelos blocos de pré-carnaval enquanto foliões se preparam para viajar atrás de trios elétricos em diversos cantos do País. De acordo com o Ministério do Turismo, a busca por pacotes de viagem para o Carnaval de 2024 é 114% maior do que no ano passado. 

Esse movimento impulsiona o mercado de aluguéis temporários e estimula o turismo e a economia local. No entanto, existem algumas armadilhas nesta jornada. Tanto o inquilino quanto o locatário precisam estar atentos para evitar prejuízos e não ter dores de cabeça no período mais alegre do calendário nacional. 

Confira 10 dicas e cuidados para tomar na hora de alugar um imóvel para curtir o carnaval: 

  1. Opte por plataformas conhecidas

Confiança é um aspecto crucial na hora de escolher o imóvel. Por isso, a recomendação é buscar plataformas conhecidas, com um bom histórico e que ofereça maior segurança jurídica. 

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Não é raro encontrar serviços de locação fraudulentos que apresentam preços irreais, comentários falsos e outras táticas para enganar potenciais locatários.

“Procure plataformas com respaldo do mercado, que atestem a veracidade do bem e a existência dos proprietários”, orienta Thaís Oliveira, advogada da área cível do escritório Abe Advogados.

  1. Observe o anúncio com atenção

“É fundamental analisar atentamente todos os termos do anúncio, examinar as fotografias e buscar referências sobre o imóvel. Também é recomendável buscar a locação no mapa para ver fotos da rua e da fachada do imóvel”, sugere Leonardo Peres Leite, advogado especializado em contratos e relações de consumo e sócio do escritório MV Costa Advogados.

Em casos de locação realizada via corretor de imóveis ou imobiliária, ele explica que é possível verificar a idoneidade e a procedência do intermediário por meio de consulta no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) da região. 

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  1. Saiba quais são as regras do imóvel

Na maioria dos anúncios divulgados nas plataformas de locação é possível sanar dúvidas e colher as informações que vão te ajudar a tomar esta decisão. 

Por exemplo, é possível levar seu animal de estimação? Quantas vagas de estacionamento o imóvel disponibiliza? Qual é o número máximo de hóspedes? Quais áreas de lazer estão disponíveis para os inquilinos? 

Se esses pontos não estiverem claros, converse com o locatário para entender melhor e não correr o risco de ser pego de surpresa. 

  1. Busque referências

Ao escolher o imóvel ideal, é fundamental buscar referências e outras garantias de que aquela é uma alternativa confiável. Se a foi encontrada via corretor de imóveis, imobiliária ou indicação de amigos, busque referências com outros clientes que se hospedaram no local. 

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No caso de uma locação via plataforma, o processo é mais fácil: leia os comentários de outros consumidores. “Se possível, consultar avaliações a respeito do imóvel. Faça contato com o anunciante para obter dele a confirmação das informações e também para indagar sobre preços e condições”, recomenda Leonardo. 

  1. Desconfie de valores irreais

O preço está muito abaixo do praticado no mercado? Desconfie! Existem diversas razões para um imóvel estar com o preço baixo usual, que vão de problemas estruturais à pressa do proprietário para alugar. Em outros casos, um aluguel muito baixo pode significar tentativa de golpe. 

“Este é o primeiro sinal. Se possível, pesquisar imóveis similares, ou localizados no mesmo edifício para comparar”, sugere o advogado. 

Converse com pessoas que se hospedaram no local e leia referências na plataforma para aumentar a confiança/ Vergani Fotografia/ AdobeStock

Também é possível que alguns valores estejam omitidos. É importante ficar atento aos gastos extras que o inquilino pode ser obrigado a pagar, mas o anúncio esconde, como impostos, condomínio, eletricidade, gás e outras despesas. Geralmente esses custos já estão inclusos no preço, mas busque confirmar. 

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  1. Entenda como funciona a política de cancelamento

Imagine encontrar o imóvel dos sonhos para curtir o carnaval em uma plataforma, realizar todo o processo de locação e ser informado na véspera da viagem que o lugar não estará mais disponível para você.

A advogada Thais orienta o consumidor a estar ciente da política de cancelamento antes de fechar o contrato. “Especialmente em períodos concorridos e com alta demanda como o Carnaval”, complementa. 

  1. Se possível, tente visitar o imóvel

Nem sempre este é um caminho viável, mas a recomendação de especialistas é visitar o imóvel antes de fechar o negócio para não passar perrengue durante o carnaval. “Caso não seja possível, o interessado deve buscar alguma forma de visualizar o imóvel previamente, para se certificar da localização, características, funcionalidades etc”, indica Leonardo.

“Na visita, é importante checar o funcionamento de itens hidráulicos (torneiras, descargas, chuveiros), bem como de tomadas, interruptores, ventiladores, aparelhos de ar condicionado, eletrodomésticos e eletrônicos. Se verificar problemas, pedir para o locador repará-los”.

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  1. Atente-se ao pagamento

No geral, as plataformas se encarregam de intermediar o processo de pagamento, definindo as condições do acordo e as responsabilidades do locador e do locatário

Já na relação direta com o proprietário, o mais comum é que o pagamento da metade do valor total da locação seja efetuado no ato da contratação e a outra metade na data de entrega das chaves. 

Em ambos os casos, pode ser necessário oferecer alguma forma de garantia, como seguro-fiança, fiador ou caução. “É importante checar previamente a respeito dos valores e formas de pagamento; e preste atenção com pagamentos feitos em nome de terceiros. O ideal é que o valor seja pago em nome do proprietário ou da imobiliária”, sugere Leonardo. 

  1.  Guarde provas

Esta dica vale tanto para locador quanto para locatário: conversas no Whatsapp, comprovantes de pagamento, notas fiscais e e-mails que formalizam a negociação do imóvel devem ser armazenados em um local seguro com backups. 

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Esses documentos são essenciais em caso de uma ação judicial, principalmente  depósitos bancários, confirmações de reserva e o anúncio do imóvel. 

  1.  Formalize tudo em contrato

Ainda que o imóvel seja de um amigo ou conhecido, é importante registrar todo o processo de locação e os acordos firmados. Geralmente, as plataformas já se encarregam de realizar este trâmite. Nestes casos, o locador e locatário precisam estar cientes do que foi acordado. 

“É essencial que os envolvidos celebrem um contrato de locação, com cláusulas redigidas de forma clara, proporcionando pleno entendimento/compreensão. O contrato deve oferecer segurança aos contratantes, portanto, se o anunciante não oferecer contrato, ou, se o contrato não for adequado, recomenda-se não celebrar o negócio”, defende o advogado. 

É importante armazenar os documentos que comprovam o processo de locação, para eventuais problemas jurídicos/ Crédito: simona/ AdobeStock

Neste contrato, devem constar todos os deveres, direitos, regras para uso do imóvel, datas de entrada e saída, valores, formas de pagamento, tarifas, condições, penalidades, especificações a respeito da quantidade de pessoas, bens que guarnecem o imóvel, observações a regras condominiais, restrições e condições a respeito de animais de estimação. 

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O termo de vistoria também precisa estar vinculado ao contrato registrando todas as características do imóvel e dos utensílios. 

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