Guia de Bairros

Bom Retiro atrai fãs de cultura coreana com arte urbana, bares e karaokês; veja o que conhecer

Segunda geração de comerciantes se abre para além da comunidade de imigrantes e atrai fãs de cultura pop; consulado da Coreia do Sul quer transformação em ‘k-town’ e mudanças urbanas

Por: Priscila Mengue, O Estado de S. Paulo 14/10/2022 15 minutos de leitura
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De karaokês a restaurantes, comércios recém-abertos e outros remodelados por novas gerações têm se voltado para um público além da comunidade coreana/ Crédito: Getty Images

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Um movimento atípico chegou às noites e aos fins de semana do Bom Retiro. O bairro central de São Paulo tem atraído moradores de outras partes da cidade e turistas atrás das experiências que tanto assistem em videoclipes de k-pop, filmes e séries. De karaokês a restaurantes, comércios recém-abertos e outros remodelados por novas gerações têm se voltado para um público além da comunidade coreana, com cardápios em português, referências da cultura pop e uma mistura com os costumes brasileiros.

A transformação também é visível nas ruas, com murais gigantes que mesclam temas brasileiros e da Coreia do Sul e lanternas tradicionais nas fachadas de comércios. As iniciativas são do consulado do país asiático, que pretende transformar o Bom Retiro na maior k-town (”koreatown”) latino-americana. A proposta tem gerado resistência em parte dos moradores, que temem um apagamento da identidade multicultural do bairro, marcado pela presença de imigrantes de diversas origens, como judaica e boliviana.

O movimento é impulsionado pela onda coreana, uma popularização da cultura pop da Coreia do Sul e também chamada de “hallyu” e “k-wave” (de “korean wave”). É forte especialmente na música (com o k-pop), no cinema e nas séries (“k-dramas” ou doramas coreanos), mas envolve também a “k-beauty” (cosméticos e maquiagem) e a culinária, por exemplo, e avançou ainda mais durante o distanciamento social na pandemia, especialmente por meio de plataformas de streaming, como a Netflix.

Nesse contexto, o Bom Retiro passa pelo o que a pesquisadora Eanne Palacio Leite chama de “turistificação” étnica, atraindo visitantes que buscam experiências que remetam à Coreia do Sul. Esse processo é visível especialmente nos Estados Unidos, como nas nova-iorquinas Little Italy e Chinatown, mas pouco comum no Brasil. A exceção é a Liberdade, que se firmou como atrativo turístico nacional pela identidade associada ao Japão, embora também tenha uma trajetória ligada a outros povos.

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Em 2018, quando o Estadão mostrou o a alta na procura por cursos do idioma em São Paulo impulsionado pelo sucesso do k-pop, o Bom Retiro não estava tão fixado no mapa dos fãs de cultura sul-coreana, que recorriam especialmente a espaços na Liberdade e ao Centro Cultural São Paulo. Até então, o bairro era procurado principalmente pelas lojas de roupas, alguns espaços culturais, como a Pinacoteca e a Casa do Povo, e referências gastronômicas variadas, como o Restaurante Acrópolis e o Café Colombiano.

A psicóloga Josiele Corrêa, de 34 anos, conta ter descoberto recentemente a presença coreana no Bom Retiro, por meio do Instagram. Moradora de Goiânia, visita o bairro há cerca de 15 anos, para fazer compras, mas foi procurar uma dica de restaurante tradicional só em 2022. Ela começou há pouco a assistir a produções do país asiático. “Está sendo interessante.”

Os espaços novos ou remodelados ouvidos pelo Estadão falam em aumento e até predominância de clientes de fora da comunidade sul-coreana. Desse público, parte significativa passou a demonstrar um conhecimento ao menos básico da culinária e costumes do país asiático e, também, tem as redes sociais como um dos principais meios de escolher novos espaços para visitar.

Moradora do bairro e filha de coreanos, a empreendedora e influenciadora digital Stephanie Kim, de 29 anos, percebeu a demanda gerada pela “k-wave” e decidiu voltar o trabalho em caligrafia também para o alfabeto coreano. Além disso, estimulou os pais a investirem na produção de comida típica e em aulas do idioma.

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Na pandemia, Stephanie também abriu o sebo Kpopster, com espaço físico dentro do Béni Café desde junho. Os livros são em coreano – obtidos de imigrantes que estão de mudança ou cujos filhos já cresceram – e comprados por brasileiros que estão aprendendo o idioma ou procuram um souvenir. “Recebo mensagens de pessoas agradecendo, por sentirem que estão com um pedaço da Coreia em casa, e guardam como decoração, uma forma de carinho”, relata.

Coordenadora adjunta do grupo de Pesquisa em Mídia e Cultura Asiática Contemporânea (MidiÁsia) e professora substituta na Universidade Federal Fluminense (UFF), Krystal Urbano comenta que o interesse pelos costumes é natural diante da kwave. “São uma característica da cultura coreana, as grandes mesas de comida e as experiências de compartilhamento na hora do consumo”, exemplifica. “Assim como as nossas características (brasileiras) são expressas nas novelas.”

Nesse contexto, o Bom Retiro se torna um endereço atrativo para o público. “É um local privilegiado, a ‘Meca’ possível para aqueles que querem migrar da experiência de consumo no âmbito de casa para um consumo da experiência narrada em certas produções, sobretudo os k-dramas”, avalia. “É um desejo de transcender o consumo doaudiovisual para viver a experiência genuína.”

Novas gerações reinventam espaços para atrair fãs de cultura coreana

Grande parte dos novos espaços abertos e renovados no Bom Retiro são liderados por filhos de coreanos ou imigrantes que chegaram ao País quando crianças ou adolescentes. Diferentemente da maior parte dos antecessores, essas gerações (chamadas de 2.0 e 1.5) cresceram no Brasil, criaram laços simultaneamente com a cultura dos pais e a brasileira e dominam os dois idiomas. Quando adultos, reinventaram o perfil dos estabelecimentos da família ou empreenderam em novos negócios locais.

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Filho de coreanos, Lucas Lee, de 27 anos, reformulou há dois anos o restaurante aberto há décadas pelos pais, o Ogame, especializado em churrasco coreano. A decoração foi alterada, agora com vigas de madeira na entrada e em ambientes internos, que remetem à arquitetura de templos sul-coreanos, além de luminosos de marcas de bebidas típicas. Já o cardápio foi alterado para incluir informações em português e imagens ilustrativas. “A gente, que é mais jovem, acaba dando ideia.”

No início, ao assumir o negócio, Lucas precisou insistir em algumas mudanças, mas relata que os pais são “mente aberta” e aceitaram. “Não foi tão perrengue”, diz ao se comparar com outros empreendedores do bairro também da 2ª geração. Outra mudança que implementou é na divulgação, antes apenas no boca a boca e agora intensa também nas redes sociais, mudando do público quase exclusivamente da comunidade coreana para cerca de 70% de brasileiros. “A cultura coreana deu uma ‘hypada’”, resume.

Também é o caso de Samuel Lee, o Sam, de 42 anos, por exemplo. O empresário chegou ao País aos seis anos e, no fim de 2016, abriu o WaBar no 2º pavimento do endereço onde a mãe tem um restaurante tradicional. “Quando abri, o Bom Retiro era um bairro desconhecido, não tinha onde ir à noite, o final de semana era morto”, relata.

O espaço era inicialmente frequentado pela comunidade coreana, mas se tornou um dos barzinhos mais movimentados da noite do Bom Retiro, agora ampliado com um mezanino. “O Bom Retiro vai crescer muito e ter ainda mais variedade”, opina Sam.

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No bar, há projeções de videoclipes de k-pop, venda de comida e drinques sul-coreanos e brasileiros e eventos temáticos, como um torneio para comer mandu (pasteizinhos recheados cozidos, semelhantes a um guioza). A decoração inclui cartazes com anúncios estrelados por cantoras de pop coreano, todos de soju – destilado geralmente feito de arroz, vendido em versões saborizadas com frutas e em garrafas individuais. “Na pandemia, muita gente começou a assistir doramas e ficou curiosa, quer provar (as comidas e bebidas)”, explica Sam.

Experiência semelhante é de Salomão Iyang, de 42 anos, que se descreve como uma pessoa de duas culturas, a do Brasil e a da Coreia do Sul, onde seus pais nasceram. Para ele, sua vivência permite um atendimento como “o brasileiro gosta” no Next Bar e Karaokê, que abriu no fim de 2021.

“É um local para que os brasileiros possam se divertir como os coreanos”, descreve. No cardápio, os pratos sul-coreanos são feitos com os ingredientes típicos, mas com uma diferença: um pouquinho menos de pimenta, uma adaptação ao paladar brasileiro.

Bom Retiro tem ‘boom’ de karaokês coreanos

O Bom Retiro também vive uma onda de novos karaokês coreanos (os “norebangs”), nos quais as salas são privativas e, por vezes, equipadas com efeitos especiais, como fumaça e gerador de aplausos. Os espaços investem em decorações “instagramáveis”, trazem referências ao k-pop e oferecem comidas e bebidas tanto coreanas quanto brasileiras.

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Uma das idealizadoras e gerente do karaokê She Bar, Vitória Andrade, de 27 anos, conta que a proposta é atrair um público mais jovem e “descolado”. Aberto em novembro, o local tem uma parede coberta de post-its com desenhos de “idols” (celebridades) do k-pop. “Muita gente vem primeiro pela curiosidade. O karaokê aparece bastante nas séries e nos filmes coreanos”, comenta.

Outro é o Itaewon Norebang e Potcha, aberto em maio pelo sul-coreano Seo Yeon Won, de 47 anos, radicado na cidade desde a adolescência e também conhecido pelo apelido de Sergio. Segundo ele, a proposta é trazer para o Bom Retiro um pouco do que é Itaewon, um dos bairros mais cosmopolitas de Seul, referência pela gastronomia e vida noturna e retratado em k-dramas.

Sergio conta que boa parte do público do karaokê está na casa dos 20 anos, mas também tem frequentadores das faixas etárias acima e adolescentes. O atrativo é a música sul-coreana, mas o catálogo em outros idiomas (principalmente português e inglês) não fica esquecido. “O pessoal começa a cantar com música coreana e, depois, acaba terminando em (canções como) Anna Júlia, Sozinho…”

Consulado muda paisagem do bairro; Prefeitura apoia luminárias temáticas

A transformação no Bom Retiro também envolve iniciativas do consulado sul-coreano. Uma das mais evidentes é a pintura de dez murais gigantes nas fachadas de edifícios e no muro da Oficina Cultural Oswald de Andrade desde o fim de 2021. As obras misturam referências internacionais, do país asiático e brasileiras, pintadas por artistas geralmente da Coreia do Sul.

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Outra referência nas ruas é das lanternas tradicionais (as “cheongsachorong”), em azul e vermelho, distribuídas a comerciantes da região e colocadas nas entradas. Uma versão ampliada, para luminárias públicas temáticas, está em um projeto idealizado para as Ruas Prates e Três Rios e que também abrange a reforma das calçadas. A mudança é inspirado no exemplo dos postes japoneses da Liberdade, datado dos anos 1970 e hoje um dos cartões-postais do bairro.

No projeto, a parte do calçamento será de responsabilidade do consulado e apoiadores (empresas sul-coreanas), enquanto as luminárias serão instaladas pela concessionária responsável pela iluminação municipal. A troca está previsto em contrato, segundo a Prefeitura.

A expectativa do cônsul é que a execução ocorra entre o fim deste ano e o início de 2023, mas a proposta ainda tramita em órgãos públicos. O custo não foi informado. A mudança é uma das principais intervenções previstas para a celebração aos 60 anos da imigração coreana no Brasil, em fevereiro.

O consulado também tem defendido mudanças no nome de espaços públicos, por meio de projetos de lei apresentados por vereadores e deputados próximos. Desde março, uma das principais vias do Bom Retiro passou a se chamar Rua Prates-Coreia e, segundo a Prefeitura, a mudança na sinalização está no cronograma da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Há uma proposta semelhante em tramitação para a estação de metrô mudar para Tiradentes-Coreia do Sul, como foi com a JapãoLiberdade.

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Os projetos para o Bom Retiro preenchem boa parte da decoração do gabinete do cônsul-geral da República da Coreia em São Paulo, Insang Hwang, que assumiu o cargo em junho de 2021 e se inspira na experiência anterior que teve na “k-town” de Los Angeles. De mutirões de limpeza a reuniões do Conselho de Segurança da região (Conseg), tem se envolvido com diferentes demandas da comunidade local, desde o fechamento de ferros velhos até o aumento da segurança urbana.

Ao Estadão, afirmou que tem dialogado com representações de outros povos que também vivem no Bom Retiro, defendeu que esses também proponham mudanças para o bairro e reafirmou o desejo de consolidação como “k-town”. Sobre as críticas de possível apagamento das demais identidades locais, respondeu que será mantido o “espírito de polo multicultural”.

“Será que é certo ficar passivo?”, questiona. Nesse aspecto, cita a adesão de expositores e artistas de outros países à Feira do Bom Retiro, feira criativa lançada em fevereiro, com apoio do consulado e iniciativa da comunidade sul-coreana. “Demonstra a participação massiva de diversos povos presentes no bairro”, argumenta.

Para o cônsul, a onda coreana “com certeza” se expandirá ainda mais. A exemplo de Los Angeles, acredita que empresários de outras origens também vão começar a investir em espaços ligados aos costumes sul-coreanos por causa da k-wave. “Os brasileiros amam os coreanos e a comunidade presente aqui.”

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A situação tem gerado críticas, assim como ocorreu em 2017, quando o então prefeito João Doria (PSDB) defendeu a transformação em “Little Seul”. Em agosto de 2021, organizações sociais e culturais locais, como a Casa do Povo e o Instituto Criar, lançaram um manifesto coletivo chamado “O Bom Retiro é do mundo!”. “Fixar e rotular a sua identidade é reduzir – privatizar – a sua tão rica diversidade, apagar sua história, excluir boa parte da sua população e acabar… com o próprio Bom Retiro”, diz um trecho.

Com o mesmo nome do manifesto, um grupo de moradores realiza atividades que destacam o viés multicultural do bairro. A pesquisadora Eanne Palacio Leite integra o coletivo. “Um grupo privado não pode querer impor um marketing em troca de uma revitalização”, avalia.

“E é uma ideia que pode ser melhorada e mais inclusiva”, completa. A moradora também argumenta que uma turistificação demasiada do bairro pode gerar um aumento do custo de vida e, consequentemente, a saída de uma população de menor renda.

Pandemia impulsionou avanço da ‘k-wave’ para novos públicos

Um dos marcos iniciais para o avanço da cultura sul-coreana foi o sucesso da música Gangnam Style, do cantor Psy,cujo videoclipebateu recorde de visualizações no YouTube em 2012. Na sequência, o k-pop estourou, com o grupo BTS chegando ao topo do ranking da Billboardamericana em 2018, e as produções audiovisuais conquistaram premiações e popularidade global, como o filme Parasita – vencedor do Oscar de 2020 – e a série Round 6 – a mais vista da Netflix em 2021.

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Até então, a cultura pop asiática era mais ligada aos desenhos animados e os mangás, especialmente os japoneses.

A onda sul-coreana chegou a um público mais amplo na pandemia, especialmente por meio das plataformas de streaming, que têm apostado em produções do país de diferentes gêneros e perfis, como destaca Krystal Urbano, coordenadora adjunta do grupo de pesquisa MidiÁsia.

“A Netflix é importante para pensar na disseminação, uma vez que reúne não só séries, mas reality shows, talk shows, filmes e outras produções”, comenta. Dessa forma, alcança um público além do nicho. Na última semana, por exemplo, duas séries do país asiático estiveram entre as 10 mais vistas por brasileiros na plataforma (Uma Advogada Extraordinária e Alquimia das Almas).

Um dos atributos que a pesquisadora associa ao sucesso global das produções é envolver uma “disseminação cultural palatável”. Isso ocorre “a partir da cultura pop consolidada e com elementos ocidentais a ponto de poder dialogar com um público mais amplo”. Ao mesmo tempo, as obras reúnem elementos tipicamente sul-coreanos.

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A disseminação global é incentivada pelo governo sul-coreano. Em 2018, o então embaixador no Brasil, Chan Woo Kim, já falava ao Estadão sobre a “hallyu” exportar uma imagem jovem, moderna e atrativado País, que ganhou projeção e influência por meio do chamado “soft power”.

Confira alguns espaços ligados à Coreia do Sul no Bom Retiro:

Arena (karaokê sul-coreano)
R. Talmud Thorá, 63. Domingo, das 17h às 2h, segunda a quinta, das 18h à 2h, e sexta a
sábado, das 17h às 6h. Mais informações: instagram.com/arenakaraokebar

Béni Café e sebo Kpopster
R. Lubavitch, 79. Segunda a sexta, das 08h às 17h e sábado, das 9h às 15h. Mais
informações: instagram.com/beni_cafe e instagram.com/heypopster

Casa B (hamburgueria)
R. Lubavitch, 83. Segunda a sexta, das 11h30 às 14h30, quinta a sexta, das 18h30 às
22h, e sábado, das 11h45 às 15h. Mais informações: instagram.com/casa___b/

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Itaewon Norebang e Potcha (karaokê sul-coreano)
R. Prates, 712. Segunda a sábado, a partir das 18h. Mais informações: instagram.com/itaewon.br

Next Bar e Karaokê
R. Salvador Leme, 278. Segunda a quinta, a partir das 18h30. Sexta a sábado, a partir
das 18h. Mais informações: instagram.com/next.barkaraoke

She Bar (karaokê sul-coreano)
R. João Kopke, 48. Quarta a quinta-feira, das 18h à 0h, sexta e sábado, das 18h às 5h, e
domingo, das 17h à 0h. Mais informações: instagram.com/shebar_karaoke
13/13

Ogame (restaurante de churrasco coreano)
R. Lopes Trovão, 50. Domingo a quinta, das 17h30 às 23h, e sexta e sábado, das 17h30
à 0h. Mais informações: instagram.com/ogamekoreanbarbecue

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Otugui (supermercado)
R. Três Rios, 251. Segunda a sábado, das 8h30 às 19h, e domingo (exceto o terceiro do
mês), das 9h às 15h. Mais informações: instagram.com/otugui_sm

WaBar (bar)
R. Prates, 613. Segunda a sábado, das 17h à 1h. Mais informações:
instagram.com/wabar_brasil

Este texto foi publicado em:
https://www.estadao.com.br/sao-paulo/atrai-fas-de-cultura-coreana-com-arte-urbana-e-espacos-reinventados/

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