Guia de Bairros

Jardim Guedala observa valorização imobiliária e atrai edifícios de alto padrão

Segundo pesquisa, preço médio dos imóveis na região ultrapassa os R$ 3 milhões

Por:Breno Damascena 25/09/2024 3 minutos de leitura
jardim guedala
Localizado no Morumbi, Jardim Guedala registrou uma alta no número de imóveis de luxo vendido no último ano/ Crédito: Ranimiro/AdobeStock

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O sonho de morar em um bairro residencial com a quietude de uma cidade interiorana, mas próximo de centros comerciais e vias de acesso atrai o público de alto padrão para o Jardim Guedala. A região hoje se destaca pelas longas áreas verdes e por abrigar mansões com arquitetura assinada e amplos quintais, mas novos empreendimentos devem mudar um pouco a cara do bairro nos próximos anos. 

Localizado no distrito do Morumbi, o Jardim Guedala é delimitado pela Marginal Pinheiros e fica próximo de pontos importantes da cidade, como a Avenida Francisco Morato e o bairro Cidade Jardim. “É um ponto vantajoso, próximo do eixo financeiro da Faria Lima”, analisa Álvaro Marco Coelho da Fonseca, Diretor da Coelho da Fonseca, imobiliária especializada no mercado de luxo. 

+ Onde estão os maiores imóveis de São Paulo? Veja quanto custa morar neles

A empresa observou que o Jardim Guedala foi o bairro que registrou o maior crescimento na venda de imóveis de alto padrão no primeiro semestre deste ano. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 50%. Ao mesmo tempo, o preço do metro quadrado também ficou 32% mais caro. “O bairro tem muitas casas antigas em terrenos grandes e com bastante potencial de reforma”, justifica Fonseca. 

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“E o valor do metro quadrado destes terrenos ainda são inferiores a outros bairros na região. Você consegue um terreno na faixa de R$ 3 mil a R$ 5 mil o metro quadrado, enquanto ali perto, na Cidade Jardim, os preços já estão entre R$ 4 mil e R$ 7 mil”, ilustra. De fato, o preço médio dos imóveis comercializados no bairro pela imobiliária no último ano foi de R$ 3,3 milhões. 

Em Alphaville, por exemplo, o preço médio salta para R$ 3,6 milhões. Na vizinha Jardins, o ticket médio é R$ 4,3 milhões. Em contraste, a Vila Nova Conceição ostenta um preço médio de imóveis em R$ 4,8 milhões e o preço médio dos imóveis comercializados pela em Alto de Pinheiros foi de R$ 5,1 milhões.

Perfil de lançamentos

Além de potenciais compradores, o movimento de valorização do Jardim Guedala também está atraindo investidores e incorporadores. Em 2026, por exemplo, o bairro receberá o Casa Arbo, um edifício de alto padrão com apenas 10 apartamentos. Com arquitetura assinada pela Perkins&Will, o projeto terá apartamentos de 400 m² a 655 m² e o metro quadrado está avaliado entre R$ 20 mil e R$ 24 mil. 

Edifício Casa Arbo, lançado recentemente na Rua José Jannarelli, já vendeu três dos 10 apartamentos disponíveis/ Crédito: Divulgação/Meta Incorporadora

Com um ticket médio avaliado em R$ 10 milhões, o Casa Arbo tem um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 100 milhões. Este é o quarto empreendimento da Meta Incorporadora no Jardim Guedala. Ao longo de 17 anos de atuação no bairro, foram 5 lançamentos. 

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O sexto será lançado ainda este ano, com previsão de entrega em 2029 e metragens de 166 m² a 270 m². Assinado por Gui Mattos, o empreendimento terá o metro quadrado de lançamento estipulado em R$ 18 mil. 

O edifício 688, lançado em 2015, foi o primeiro prédio residencial da construtora no Jardim Guedala e tinha o metro quadrado avaliado em R$ 14,5 mil. Antes disso, a empresa lançou dois prédios com salas comerciais.  

“O bairro conta com uma infraestrutura robusta, incluindo renomadas escolas, clubes de prestígio e hospitais de excelência, além de uma abundante arborização”, contextualiza Alexandre Souza Lima, CEO da Meta Incorporadora. “A vibrante cena comercial local, a diversidade de opções de transporte público e o fácil acesso ao Itaim e outros bairros são fatores que impulsionaram a valorização”, examina.

O executivo indica que a pandemia influenciou positivamente esse processo. “Soma-se a isso uma mudança no plano diretor da cidade, que incentiva a verticalização na região, aumentando o potencial construtivo de ZEU (Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana)”.

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Transição de público

Para Lima, a perspectiva é de que prédios se tornem cada vez mais comuns na região, atraídos pela transformação do público comprador.

“O Jardim Guedala encanta pessoas que moram em casas na Cidade Jardim e estão se mudando para apartamento, famílias que hoje estão em bairros como Itaim, Brooklin e Vila Nova Conceição e podem comprar um imóvel pela metade do preço ou até menos que a metade”, comenta.

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