Quanto você precisa para financiar um imóvel em São Paulo? Confira valores por bairro
Levantamento da Loft analisa custo da entrada e preço das prestações nas regiões com maior número de transações na capital

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Nos últimos meses, os principais bancos do Brasil aumentaram o valor mínimo de entrada exigida para financiar um imóvel. A Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander são algumas das instituições que passaram a adotar como padrão o pagamento de 30% do valor total do imóvel como entrada, em contraste com os 20% cobrados anteriormente.
Essa mudança fez aumentar o custo inicial para comprar um apartamento em São Paulo. Em contrapartida, as parcelas tendem a ser mais acessíveis. “Com a entrada maior, há uma queda nas exigências de renda. Isso pode abrir espaço para novos compradores – desde que tenham recursos guardados para dar de entrada”, observa Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Na prática, o percentual financiado caiu para 70%. A mudança deve facilitar o acesso a financiamentos, à medida que a renda máxima exigida diminui. Afinal, as parcelas precisam ser de, no máximo, 30% da renda familiar do comprador.
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De acordo com dados da Loft disponibilizados com exclusividade para o Estadão Imóveis, a mudança já impactou o mercado local de financiamentos.
Na Vila Andrade, por exemplo, o valor de entrada necessário é de R$ 221 mil, considerando o valor de R$ 738 mil, preço médio praticado das transações no bairro. Para financiar o restante, o comprador precisa comprovar uma renda mínima de R$ 22,6 mil, com parcela inicial de R$ 6,3 mil.
Considerando o mesmo bairro, para um financiamento em 2024, a entrada mínima seria de R$ 147,6 mil. Para financiar o restante, o comprador precisa comprovar uma renda mínima de R$ 25,4 mil, com parcela inicial de R$ 7,1 mil.
No Jardim Europa, bairro mais valorizado da capital paulista, o preço médio dos imóveis chega a R$ 10,2 milhões. O financiamento exige uma entrada de R$ 3,06 milhões e uma renda mínima mensal de R$ 311 mil, com primeira parcela estimada em R$ 86,9 mil. Em 2024, o financiamento exigiria uma entrada de R$ 2,04 milhões e uma renda mínima mensal de R$ 350,6 mil, com primeira parcela estimada em R$ 98 mil.
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“A diferença entre bairros também chama atenção: enquanto em regiões como o Campo Limpo o valor de entrada gira em torno de R$ 96 mil, nos mais valorizados como o Jardim Europa, ultrapassa os R$ 3 milhões”, aponta Takahashi.
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