A ideia de dividir o espaço de moradia não é novidade para os universitários que se acomodam em repúblicas ou alugam quartos individuais em apartamentos com duas ou mais pessoas. Acontece que, na maior cidade do País, há uma nova tendência de habitação em curso, fazendo com que o sonho da casa própria ganhe novos contornos e desenhe um cenário diferente para o mercado imobiliário de São Paulo. É o coliving, conceito dinamarquês de residência onde é possível compartilhar áreas comuns, espaços de serviço e lazer.
Uma pesquisa encomendada pela construtora Vitacon junto ao Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), ouviu 800 paulistanos, de ambos os gêneros e idades acima de 16 anos. O estudo revela que 55% dos entrevistados admitem a possibilidade de morarem em um imóvel pequeno, mas com áreas de convivência no condomínio, com espaços de convívio confortáveis e planejados. 33% das pessoas já aceitam a ideia de uma casa compartilhada.
A aceitação de residir em um espaço coliving, onde existe uma cozinha ou lavanderia à disposição de todos e sem preocupações como equipar a casa nova com eletrodomésticos, por exemplo, mostra que o sentimento de “usar” já se sobrepõe ao “ter”. Ainda de acordo com o levantamento, para quem admite o compartilhamento da moradia, as principais vantagens são a redução de gastos e a possibilidade de conhecer novas pessoas e não se sentir só. Já o primeiro ponto negativo apontado é a perda de privacidade.