WeWork aposta em produtos flexíveis para diminuir custos de empresas
Com a iniciativa, empresa tem como expectativa aumentar a receita em 25% no Brasil até o final do ano
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O movimento de adesão ao trabalho remoto, impulsionado pela pandemia, revolucionou o mercado de trabalho. A modalidade impacta a relação das pessoas com as cidades, a mobilidade urbana e, claro, o setor de escritórios. De olho nesse cenário de transição, a WeWork passou a investir em espaços flexíveis e, com isso, projeta aumentar sua receita em 25% até o final do ano.
Um relatório produzido pelo McKinsey Global Institute mostra que o trabalho remoto pode causar um prejuízo de US$ 800 bilhões em imóveis corporativos até 2030. A justificativa é que a ocupação desses imóveis ainda está 30% abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Por outro lado, porém, aos poucos as empresas cobram o retorno dos funcionários aos escritórios.
De acordo com um estudo da CBRE, empresa de consultoria na locação e gestão de imóveis, aproximadamente 80% dos prédios comerciais em São Paulo registraram retorno superior a 70%, e 45% tiveram retomada acima de 90%.
De acordo com a WeWork, o retorno aos escritórios está sendo feito sem que as companhias avaliem o impacto financeiro. “Muitas empresas estão pagando aluguel de grandes espaços sem que as pessoas estejam indo trabalhar. E escritórios vazios também causam um impacto negativo na cultura organizacional”, afirma a CEO da WeWork na América Latina, Claudia Woods.
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A partir dessa ideia, a empresa passou a desenvolver produtos flexíveis para otimizar os gastos e a funcionalidade dos espaços de trabalho sem afetar a saúde ou a política das empresas. O objetivo é ser uma alternativa parcial e flexível para empreendimentos que pretendiam alugar um imóvel comercial.
Escritórios vazios e prejuízo
Entre os novos produtos disponíveis estão os “vale-escritórios”, que as empresas contratantes podem oferecer aos seus colaboradores para serem utilizados em reuniões de equipe ou simplesmente quando o funcionário não quiser trabalhar de casa. Além disso, a WeWork está fomentando parcerias com concorrentes para capilarizar os pontos de atuação.
“Se dois colaboradores que precisam se encontrar moram na zona norte e o escritório da empresa é na zona sul, por que eles precisam se deslocar até a zona sul? Basta encontrar um local na própria zona norte para a reunião”, diz Claudia. Segundo a CEO, dessa forma, as empresas conseguem evitar custos fixos e contratos de longo prazo, mas oferecem para a equipe um espaço pronto e com todas as ferramentas necessárias para o trabalho híbrido.
A WeWork tem a expectativa que os produtos flexíveis registrem um crescimento de 91% neste ano no Brasil, impulsionando uma alta de 37% de receita da companhia na América Latina. “Flexibilidade é um conceito amplo, que pode ser de horário, endereço e dias da semana. Mas é um modelo de trabalho que está definindo o rumo das empresas. Ofertamos uma alternativa para diminuir o ônus sem afetar a cultura das organizações”, completa Claudia.
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