Decoração, reforma e construção

As melhores formas de integrar os ambientes da casa

Unificar cômodos não é apenas questão de aproveitar melhor os imóveis menores, mas sim de harmonizar a função dos ambientes com conforto, fluidez e estilo

Por:Rafael Moura 11/01/2022 3 minutos de leitura
Pensar na função dedicada a cada cômodo pode ajudar a encontrar a melhor forma de otimizar o espaço e garantir personalidade/ Crédito: Ruy Teixeira

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Geralmente unindo cozinha, sala de estar e jantar, pensar em integrar os ambientes da casa nada mais é que ampliar ou juntar cômodos, dando mais funcionalidades aos móveis que compõem o projeto de forma inteligente.

Esse conceito arquitetônico cresceu nos últimos anos trabalhando melhor os espaços pequenos para exercer várias funções, vistos em sua maioria em projetos de imóveis loft e studios mais sofisticados.

“A forma como um cômodo é pensado está muito conectado à cultura de uso das pessoas”, explica Ricardo Bello Dias, arquiteto da Ornare. “Por exemplo, o quarto é um lugar que nós só usamos durante a noite. Já no Japão isso não acontece, os cômodos são menores e esse quarto se transforma ao longo do dia. São casas com alinhamento total, com organização diferente”, explica.

Segundo o arquiteto, harmonizar ambientes não se limita apenas a unir pequenos cômodos por necessidade de ampliar uma cozinha ou o espaço das refeições com a sala de estar.

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Pode ser aplicado para qualquer imóvel e espaço, desde que seja útil. “Não pensamos em integração apenas por limitação de tamanho, mas a quantidade de funções que o proprietário pode ter na residência”, comenta.

O objetivo é que o planejamento não deixe lugares ociosos. O ideal é que tudo exerça uma função para deixar a residência mais interessante, útil e funcional. 

Porém, quando essa junção não é possível em imóveis com baixa metragem sem a possibilidade de remoção de paredes, é possível executar a integração por meio da unificação da matéria, usando revestimentos e envelopando paredes, dando a sensação de continuação entre os cômodos. 

“Hoje existe uma revolução nos revestimentos e novos sistemas de iluminação usando painéis sem obras, evitando a bagunça dentro de casa”, comenta.

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“Para fazer um bom projeto arquitetônico, eu digo que precisamos misturar quatro disciplinas: arte, design, ciência e engenharia, para que ele seja bem resolvido” explica o arquiteto.

Arte – o lado lúdico e emocional do projeto

Design – entrega as funções práticas e estéticas

Ciência – a procura pelo material adequado, sustentável e responsável

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Engenharia – como, tecnicamente, unimos as ideias para que o projeto funcione 

“Eu gosto de pensar os espaços como ilhas domésticas que podem ser utilizadas de diversas formas. Pode ser um bar, pode ser uma cozinha, pode ser portas de apoio para ampliar a casa para uma festa ou fechar e se transformar em um espaço de home office. Essas ilhas são onde acontecem as coisas, onde guardamos nossas emoções. Por isso penso nisso como se fosse um cenário”, diz Ricardo.

Integrar os ambientes da casa de forma híbrida

Uma maneira de deixar os espaços mais flexíveis é utilizar portas de correr para ampliar ou isolar um cômodo de acordo com a necessidade do proprietário e que podem ficar “camufladas” dentro das paredes.

“Existem várias opções de portas com texturas, acústicas e acabamentos diversos. Essas portas mudam e criam divisões e atmosfera diferentes, confortáveis e acolhedoras”, explica. 

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Os painéis podem ser de madeira, pedra ou outros materiais. Para Dias, quando se pensa na decoração do imóvel o ideal é usar materiais diversos de maneira planejada e harmônica.

Utilizar estampas ou texturas que não conversam entre si pode gerar sensação de estresse e conflito, ao contrário do conforto que se espera em um quarto, por exemplo, que deve ser preparado para um momento tranquilo de relaxamento, de preferência isolado dos pontos de convivência do lar.

O profissional lembra que o uso dos móveis precisa ser inteligente, com capacidade de recriar e transformar nossos cantinhos, além de melhorar nossa qualidade de vida.

Outro ponto importante é investigar a procedência das matérias-primas, que devem ter certificação de sustentabilidade e utilizar mão-de-obra responsável. “Podemos dizer que os projetos precisam deixar os ambientes saudáveis e aconchegantes”, afirma.

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