Veja como fazer a transferência de dívida do imóvel e pagar menos
Com a Selic em queda, bancos oferecem taxas de juros mais baixas para atrair portabilidade de crédito. Veja quando vale a pena transferir o financiamento
Publicidade
Se você está pagando financiamento imobiliário, sabe o quanto os juros pesam na parcela. Mas é possível renegociar. Os juros definidos no seu contrato não precisam ser permanentes e uma alternativa é fazer a transferência da dívida para outro banco que cobre menos taxas – e, assim, aliviar o seu bolso.
As sucessivas quedas da taxa básica de juros (Selic) têm feito os bancos baixarem os juros do contrato para atrair consumidores. Neste cenário de competição, quem ganha é o cliente que pode fazer a transferência da dívida de acordo com seus interesses.
A migração da dívida de um banco para outro com encargos menores e sem cobranças de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é chamada de portabilidade de crédito. Foi determinada pelo Banco Central em 2006, pela Resolução nº 3.401.
Em 2013, a Resolução nº 4.292 trouxe a obrigatoriedade dos bancos de origem a fornecerem todos os dados sobre a operação para realização da portabilidade em até cinco dias. Antes dessas medidas, o consumidor fazia o financiamento imobiliário com determinado custo e pagava o acordo por longos períodos, mesmo quando os juros do mercado estavam em queda.
Publicidade
Como funciona?
Basta procurar o banco que ofereça as melhores vantagens de acordo com seu caso para solicitar a portabilidade. O banco de origem é obrigado a fornecer todos os dados sobre a operação: número do contrato, saldo devedor atualizado, demonstrativos, tipos de crédito, valor da parcela e taxa de juros.
Com essas informações, o novo banco vai avaliar o perfil do potencial cliente. Caso não tenha histórico de inadimplência e demonstre ter condições de pagar as parcelas pontualmente, terá mais chances de conseguir melhores condições.
Antes de partir para a portabilidade, no entanto, ouça seu gerente. A instituição de origem pode fazer propostas para tentar manter o cliente. Ao fazer a portabilidade do financiamento imobiliário, somente as taxas de juros são alteradas. Valor e prazo acordados com o banco anterior são mantidos.
Dicas para fazer um bom negócio
Não há limites para fazer a portabilidade. Ficar de olho na oscilação dos custos de juros ajuda a identificar o momento certo de rever o valor das parcelas e fazer a transferência da dívida ou mesmo tentar negociar com o seu banco atual.
Publicidade
Caso tenha o seguro prestamista embutido em sua negociação, você pode sacar o valor ao fazer a portabilidade. Por outro lado, fique atento ao novo contrato para evitar serviços adicionais que a instituição financeira pode colocar, como título de capitalização, que encarece o valor das parcelas.
Para saber se de fato a portabilidade do financiamento imobiliário vale a pena no seu caso, avalie o Custo Efetivo Total (CET) da transação, que reúne despesas com juros, seguros e serviços vinculados. Ou seja, tenha a informação completa do quanto você pagará no novo contrato ao transferir a dívida.
NOTÍCIAS MAIS LIDAS
NEWSLETTER
IMÓVEIS
Inscreva-se e receba notícias atualizadas do mercado de imóveis