Com as incertezas que marcam o mercado de trabalho e a estabilidade financeira da população brasileira, o setor imobiliário em geral sofreu estagnação desde o início da pandemia do novo coronavírus. De acordo com pesquisa feita pela Associação Para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil), 45% das pessoas que tinham intenção de adquirir um imóvel no início do ano desistiram da compra.
Apesar de o período exigir cautela, no entanto, a crise deflagrou oportunidades para quem está disposto a investir. Um levantamento da Zukerman Leilões mostra que, em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, a oferta de imóveis em leilões online cresceu 33% e as vendas concretizadas subiram 16%. “Os leilões oferecem oportunidades abaixo do valor de mercado e, em momentos de crise, os valores tendem a cair ainda mais”, diz o CEO André Zukerman.
Entre os fatores que desencadearam a alta está justamente a desistência de boa parte dos compradores. “Menos pessoas estão dispostas a comprar imóveis e se descapitalizar”, afirma Henri Zylberstajn, CEO da Sold Leilões, empresa do Grupo Superbid. “Quando isso acontece no mundo dos leilões, você tem menos disputa e, consequentemente, valores de arremate mais baixos, o que torna o ambiente propício para melhores negócios.”