Compra

Empresas de leilões online registram aumento nas vendas

Alta de arremates reflete potencial de investidores, que fogem de opções atualmente mais voláteis, como Bolsa; advogada orienta observar estado de conservação e débitos do imóvel

Por: Bianca Zanatta, O Estado de São Paulo 26/05/2020 2 minutos de leitura
Apartamento no Real Parque, bairro nobre no distrito do Morumbi, em São Paulo/ Foto: Zukerman

Publicidade

Com as incertezas que marcam o mercado de trabalho e a estabilidade financeira da população brasileira, o setor imobiliário em geral sofreu estagnação desde o início da pandemia do novo coronavírus. De acordo com pesquisa feita pela Associação Para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil), 45% das pessoas que tinham intenção de adquirir um imóvel no início do ano desistiram da compra.

Apesar de o período exigir cautela, no entanto, a crise deflagrou oportunidades para quem está disposto a investir. Um levantamento da Zukerman Leilões mostra que, em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, a oferta de imóveis em leilões online cresceu 33% e as vendas concretizadas subiram 16%. “Os leilões oferecem oportunidades abaixo do valor de mercado e, em momentos de crise, os valores tendem a cair ainda mais”, diz o CEO André Zukerman.

Entre os fatores que desencadearam a alta está justamente a desistência de boa parte dos compradores. “Menos pessoas estão dispostas a comprar imóveis e se descapitalizar”, afirma Henri Zylberstajn, CEO da Sold Leilões, empresa do Grupo Superbid. “Quando isso acontece no mundo dos leilões, você tem menos disputa e, consequentemente, valores de arremate mais baixos, o que torna o ambiente propício para melhores negócios.”

A empresa registrou aumento de 74% no número de imóveis ofertados e de 33% nas vendas em relação ao mesmo período de 2019. A previsão de crescimento na inadimplência também deve contribuir para a movimentação do setor. “A tendência daqui para frente é um aumento na quantidade de imóveis retomados pelos bancos e, dentro dessa lógica, nós teremos cada vez mais oportunidades de leilões”, avalia o executivo.

Publicidade

O interesse pela diversificação de investimentos também está favorecendo a área, segundo Fernando Cerello, leiloeiro da Mega Leilões, que registrou aumento de 40% nas vendas. “Muitos investidores estão migrando do mercado de ações por causa da volatilidade da Bolsa”, conta. “No mercado de leilão esse investidor compra um imóvel por um valor 30% a 40% mais baixo e ele permanecerá lá, não sofrerá perdas como na Bolsa.”

Flexibilização de valores e taxas

As instituições financeiras têm oferecido maior flexibilidade, com descontos e possibilidade de financiamento de 90% do valor total do imóvel, que algumas permitem parcelar em até 420 vezes. A Mega Leilões oferece ainda a quitação de parcelas de IPTU e condomínio do ano de 2020 como vantagem a quem arrematar. A Zukerman também passou a personalizar as negociações para fazer análises caso a caso, a fim de viabilizar as aquisições.

Com 70% de pessoas físicas como compradoras, a Sold Leilões aponta que bancos e incorporadoras estão realizando um esforço não só na redução de preços, mas nas condições de pagamento, diminuindo inclusive as taxas de juros. “Claro que é feita uma análise de crédito, porque nesse momento de crise você não pode abrir 100% a torneira, mas, sim, nós temos condições de pagamento bem mais favoráveis”, diz Zylberstajn.

Leia o conteúdo na íntegra em https://economia.estadao.com.br/blogs/radar-imobiliario/empresas-de-leiloes-online-de-imoveis-registram-aumento-nas-vendas/

Publicidade

NEWSLETTER
IMÓVEIS

Inscreva-se e receba notícias atualizadas do mercado de imóveis

Notícias relacionadas

Imagem destacada

Saiba como escolher as melhores tintas para a área externa

3 minutos de leitura
Imagem destacada

Neste ano, crise reduz pela metade os lançamentos

2 minutos de leitura
Imagem destacada

Quais as maiores vantagens de morar em São Paulo? Pesquisa responde

1 minuto de leitura
Imagem destacada

FIIs: fundos de shoppings aguardam fim da alta dos juros; Veja recomendações

2 minutos de leitura