Essa diferença era de 2,56 pontos percentuais em novembro de
2019, quando a média de juros praticados estava em 7,56% enquanto a Selic
marcava 5%. “A diferença hoje é bem grande, o que teoricamente
pressionaria os bancos a melhorar as condições do financiamento imobiliário.
Todavia, essa reação não deve ser imediata, demorando um pouco mais por conta
do clima de incerteza provocado pelo Covid-19.”
Sasso afirma ainda que, de toda forma, as taxas atuais já
são as mais baixas vistas no mercado imobiliário, o que favoreceu o aumento da
capacidade de compra dos tomadores, mesmo no ambiente de incerteza. “Acredito
que nos próximos meses, com a retomada da economia pós-pandemia, há maior
probabilidade de um repasse mais forte para as taxas de crédito
imobiliário”, acrescenta.
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Oportunidade de investimento
Para quem já vinha se preparando para comprar um imóvel, seja
para morar ou investir, e possui reserva financeira para manter os planos,
as condições de financiamento hoje são vantajosas e há oportunidades a serem
avaliadas, incluindo as novidades nas diferentes linhas (taxas corrigidas pela
TR, pelo IPCA e ainda prefixadas). Além da queda da Selic, o Brasil apresenta
hoje um cenário de baixa rentabilidade da poupança e da renda fixa, alta
volatilidade no mercado de ações e subida dos preços dos imóveis em ritmo
abaixo da inflação.
“A queda estrutural da Selic ajudou a intensificar a
competição entre os bancos, a destravar a portabilidade do crédito imobiliário
e acelerou a entrada de mais fundos e fintechs nesse mercado. Além disso, com a
Caixa Econômica criando produtos que aproximam o mercado de financiamento
imobiliário do mercado de capitais e gerando diversificação, a procura por
informações e o fomento a esse mercado cresceram. Temos acompanhado um volume
grande de pessoas interessadas em financiar um imóvel, até pelo fato de nosso
fluxo ser 100% online”, diz Sasso.
O profissional também nota que, no ano passado, houve uma
mudança cultural da população em começar a entender a
portabilidade como ferramenta no processo de compra da casa própria com
crédito bancário. Isso ampliou a pressão sobre a concorrência. “O
principal efeito da portabilidade é que o comprador não precisa ficar esperando
a taxa de juros cair. Ele pode efetuar uma compra e, se a taxa cair
significativamente no futuro, fazer uma portabilidade”, comenta.
“Neste momento de crise e incerteza, as famílias buscam formas de
economizar e, como o crédito imobiliário representa um custo considerável no
orçamento doméstico, tivemos um aumento significativo de buscas em nossa
plataforma.”