Diferenças entre energia solar térmica e fotovoltaica
A energia solar térmica é a forma mais conhecida de energia solar no Brasil. Ela capta literalmente o calor do sol e aquece o elemento desejado, geralmente água ou gás. A térmica é uma solução para residências que buscam uma forma de aquecer a água sem depender da energia convencional (dispensando o chuveiro elétrico, por exemplo), enquanto a energia solar fotovoltaica permite o abastecimento total de todas as luzes e equipamentos eletrônicos do imóvel sem utilizar a energia proveniente da rede elétrica.
Vantagens
Inicialmente, o valor do investimento pode até causar espanto. Ele varia de acordo com a necessidade de cada imóvel, como o consumo regular de energia e a acessibilidade do local de instalação. Mas a boa notícia é que bancos passaram a oferecer um financiamento para fontes renováveis com prazos de amortização mais longos. “Existe ainda a possibilidade de parcelamento com a própria empresa contratada. O valor pago mensalmente chega a ser menor do que a conta de luz convencional”, certifica o diretor de projetos da Energy Free, Matheus Rosa.
Quanto custa?
Vamos pegar como exemplo a estimativa divulgada pela Blue Sol, de um consumidor do interior do Estado de São Paulo, que gasta R$ 300 por mês de energia a uma tarifa da CPFL Paulista de R$ 0,48 o kWh (quilowatt-hora) e com padrão bifásico. Um sistema fotovoltaico para esse consumo mensal e nessa região sai entre R$ 24 mil a R$ 27 mil, já considerando o projeto, equipamentos e a instalação. Além disso, o sistema vai suprir toda a energia que o morador costuma consumir, ficando ele obrigado a pagar apenas o custo mínimo de disponibilidade do uso da rede.
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Para um padrão bifásico, o custo de disponibilidade é referente ao consumo de 50 kWh, o qual, multiplicado pelo valor da tarifa de R$ 0,48, será igual a R$ 24. Assim, esse consumidor terá uma redução de aproximadamente 92% na sua conta de luz com o uso do sistema, de R$ 300 para R$ 24. Ou seja, somente no primeiro ano, esse consumidor teria uma economia de R$ 3.312.
Considerando essa estimativa, seria possível cobrir o investimento em aproximadamente oito anos de uso do novo sistema.
Instalação
“Os painéis são instalados preferencialmente no telhado, para não perder a área de solo, mas também já os colocamos em estruturas para garagem e já acomodamos em suportes no chão. Os painéis devem estar apontados para o lado norte com uma leve inclinação, para obter melhor aproveitamento, mas também é possível usar o lado oeste e leste. Neste caso, a produção diminui em média 7%”, explica o diretor comercial da Energy Free, Eder Dias.
No geral, a tecnologia se adapta bem em qualquer lugar com incidência da luz solar. As construções mais novas já estão sendo projetadas com essa preocupação. Já as casas e prédios mais antigos precisam passar por um estudo, mas também podem abrigar as placas. O único limitador, no entanto, é o espaço. Cada painel com potência de 325 W (watts) mede 2 x 1 metros.
Panorama
Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração solar fotovoltaica foi 88 vezes superior à energia gerada por meio de painéis solares térmicos no primeiro semestre do ano passado.
A energia solar fotovoltaica é uma das fontes energéticas que mais se expande no Brasil. Para se ter uma ideia, em cinco anos, a geração de energia por meio de painéis e telhados solares teve alta de 81.000%.
Outro dado que confirma esse crescimento vem da Aneel, que aponta que de junho de 2013 a junho de 2018, o número de pequenos geradores de fontes renováveis subiu de 23 para 30.900. Destes, 99% com tecnologia solar. Com isso, o setor distribuído de energia solar fechou 2018 com 48.613 sistemas de energia solar fotovoltaica instalados. A previsão é de que em 2024 o País tenha mais de 886 mil sistemas instalados.
O Estado com maior número de conexões é Minas Gerais, com 9.083, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. Santa Catarina é o quarto colocado nesse ranking e tem, hoje, quase 3.500 sistemas instalados.