Aluguel

Como é calculado o reajuste do seu aluguel?

Entenda a correção do valor pago pelo inquilino e os índices IGP-M, IPCA e INPC

Por: Da redação 28/03/2019 3 minutos de leitura
Homem calculando o reajuste do aluguel sobre uma mesa com moedas
O reajuste acontece só uma vez por ano. Foto: iStock

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Todo aniversário de contrato vem acompanhado de um reajuste de aluguel. Mas você sabe como é feito o cálculo? A correção é calculada em cima do preço inicial da locação que foi negociado com o proprietário ou imobiliária.

Basta aplicar o percentual do índice previsto no contrato, que normalmente é o IGP-M. Você pode ver quanto ficará no site do Banco Central. É só colocar o período de início e final do contrato e escolher o indicador.

Conheça os índices para reajuste do aluguel:

IGP-M

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A maioria dos contratos imobiliários usa o Índice Geral de Preços de Mercado, IGP-M, como principal índice para calcular o reajuste do aluguel. Ele é popularmente conhecido como a “inflação do aluguel” e é baseado em três outros indicadores para ser calculado:

  • IPA-M: Índice de Preços do Atacado-Mercado – Quem tem um peso de 60% no seu cálculo.
  • IPC-M: Índice de Preços do Consumidor-Mercado – Com peso de 30% no cálculo.
  • INCC-M: Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado – Peso de 10% no cálculo.

A diversidade de fatores que é usado para calcular o IGP-M mostra a relevância dele. Ele é importante por ser apontado em vários setores econômicos. Na prática, acaba funcionando como um indicador macroeconômico.

Mas como o IGP-M influencia no bolso?

O IGP-M interfere diretamente nas finanças dos brasileiros, porque está relacionado a gastos do dia a dia, como:

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  • Educação: Mensalidade de escolas e universidades
  • Imóveis: Aluguéis de imóveis comerciais e residenciais
  • Energia: Tarifa de energia elétrica
  • Seguros: Algumas modalidades de seguro
  • Saúde: Determinados planos de saúde

A conta para fazer o acréscimo consiste em pegar o índice do mês transformado em numeral decimal e multiplicar pelo o valor do aluguel. Depois é só somar.

Exemplo:

Índice – 7,55% (para transformar em numeral decimal é só dividir por 100 = 0,0755)

Aluguel – R$ 1.500

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R$ 1.500 X 0,0755 = 113,25

1.500 + 113,25 = R$ 1.613,25

Esse novo valor valerá por 12 meses, até o próximo reajuste. O IGP-M é calculado pela Fundação Getulio Vargas e divulgado no final de cada mês.

IPCA

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) é um dado criado para medir a variação de preços do mercado para o consumidor final, e representa o taxa oficial da inflação no Brasil. Ele é medido mês a mês pelo IBGE.

O indicador é medido como um reflexo do custo de vida de famílias que possuem renda entre 1 e 40 salários mínimos, com base em nove regiões metropolitanas do País. Para isso são calculadas despesas com moradia, alimentação e bebidas, saúde e higiene pessoal, artigos para casa, despesas pessoais, educação, comunicação, transporte, vestuário.

Qual é a relação do custo desses itens com o IPCA?

Se o índice IPCA sobe, provavelmente alguns desses produtos e serviços terão algum reajuste de preço para cima, ou seja, ficarão mais caros. Isso é a inflação. Mas se o índice IPCA cai, isso quer dizer que os preços subiram menos em relação ao mês anterior, e não que caíram.

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Se o IPCA for negativo, aí sim teremos a chamada deflação, o que indica que os preços terão reduzido.

INPC

Outro indicador é o Índice de Preços ao Consumidor (INPC), que é um pouco menos utilizados que os outros dois. O INPC foi elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1979 e é, até hoje, largamente utilizado pelo Governo Federal.

Ele registra a variação do custo de vida de famílias brasileiras com renda de 1 a 5 salários mínimos. Ele é utilizado como parâmetro de reajustes trabalhistas, pensionários e previdenciários.

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O INPC abrange nove setores diferentes. Juntos, eles compõem boa parte dos gastos de uma família brasileira. Cada um deles tem um peso diferente no cálculo: alimentação e bebidas, transportes, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, vestuário, comunicação, artigos de residência e educação.O INPC registra a variação de 13 capitais brasileiras.

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