São Paulo: Imóveis pequenos ficam mais caros e vendem mais
Um mesmo apartamento em Moema pode custar 739,23% mais do que em Cidade Tiradentes
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Enquanto analistas argumentam que São Paulo lida com uma fartura de estúdios, o crescimento nas vendas indicam que o ambiente deve continuar prolífico para este tipo de imóvel. Apartamentos e casas com até 90 m² de área total registram uma alta de 9,4% nas vendas em 2024. Ao todo, foram 9.567 transações, segundo um levantamento da Loft.
O estudo, realizado com base em dados da Prefeitura a partir de 133 mil transações imobiliárias entre 2023 e 2024, indica que o Tucuruvi aparece no topo do ranking de compra e venda. O bairro da zona norte registrou 322 transações no ano, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Em seguida, aparecem Itaquera, com 312 vendas, e a Penha, com 254.
Chama atenção a discrepância de valores de acordo com a região. Enquanto na Cidade Tiradentes, um imóvel de até 90 m² custa, em média, R$ 105 mil, um imóvel com as mesmas condições em Moema Pássaros custa R$ 886 mil.
Estes são os 10 bairros com os imóveis pequenos mais caros de São Paulo:
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- Moema Pássaros: R$ 886.560,00
- Itaim Bibi: R$ 697.500,00
- Jardim Paulista: R$ 659.325,00
- Vila Madalena: R$ 621.788,00
- Alto da Lapa: R$ 596.800,00
- Pinheiros: R$ 589.480,00
- Vila Olímpia: R$ 575.240,00
- Brooklin: R$ 548.775,00
- Moema Índios: R$ 509.652,00
- Campo Belo: R$ 492.606,00
Estes são os 10 bairros com os imóveis pequenos mais baratos de São Paulo:
- Cidade Tiradentes: R$ 105.637,00
- Iguatemi: R$ 163.159,00
- José Bonifácio: R$ 164.707,00
- Lajeado: R$ 176.339,00
- Guaianases: R$ 182.329,00
- Sé: R$ 191.466,00
- Itaim Paulista: R$ 212.645,00
- Brasilândia: R$ 214.848,00
- República: R$ 225.240,00
- Perus: R$ 230.961,00
Imóveis grandes em destaque
Apesar do crescimento e encarecimento dos imóveis pequenos, o mercado imobiliário de São Paulo ainda é dominado pelas grandes propriedades. São eles que lideram o crescimento de vendas e a valorização na capital paulista. Segundo o levantamento da Loft, os imóveis com metragens acima de 140 metros quadrados totalizaram 51.215 mil transações em 2024.
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O número representa uma alta de 18,8% em relação a 2023. Em comparação, os imóveis com menos de 90 m² registraram alta de 9,4%, somando 9.567 transações, enquanto as transações de imóveis médios subiram 6,3%, totalizando 10.605 no mesmo período.
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O ticket médio dos imóveis maiores também subiu em 2024 e chegou à média de R$ 863 mil, mas em algumas regiões os imóveis ultrapassam os milhões de reais. Enquanto isso, o ticket médio dos apartamentos menores valorizou 4,3%, chegando a uma média de R$ 341 mil. Neste período, apenas o tipo médio registrou uma queda, de 3,1%, no valor dos imóveis.
“Os imóveis menores, que tendem a ser mais baratos, foram impulsionados pelo Minha Casa, Minha Vida. Os maiores, de ticket médio mais alto, cresceram em linha com o aquecimento forte do segmento de alto padrão”, justifica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft.
Para ele, o cenário mais desafiador é o da classe média, dependente de financiamento imobiliário. “As taxas de juros chegaram a cair em 2024, mas não como muitos especialistas esperavam”, pontua.
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