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Brookfield negocia segunda compra de prédios residenciais da Luggo

O pacote em discussão deve ser fechado nos próximos seis meses e tem um tamanho similar ao adquirido em dezembro do ano passado no valor de R$ 1,26 bilhão

Por: Circe Bonatelli, O Estado de S.Paulo 13/10/2022 2 minutos de leitura
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Para a Luggo, o movimento serve como uma injeção financeira que ajuda a dar vazão a novos projetos na área/ Crédito: Getty Images

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A Brookfield vai dobrar a sua aposta no mercado de prédios residenciais para aluguel. O conglomerado canadense está negociando uma nova rodada de aquisição de empreendimentos da Luggo, o braço da MRV no setor. O pacote em discussão deve ser fechado nos próximos seis meses e tem um tamanho similar ao adquirido em dezembro do ano passado, que foi de 5,1 mil apartamentos pelo valor de R$ 1,26 bilhão.

A informação foi antecipada ao Broadcast/Estadão pelo líder dos negócios imobiliários da Brookfield no Brasil, Roberto Perroni. A aquisição de ativos da Luggo funciona como uma porta de entrada para a Brookfield crescer no segmento de aluguel residencial. E para a Luggo, serve como uma injeção financeira que ajuda a dar vazão a novos projetos na área. O diretor financeiro da MRV, Ricardo Paixão, afirmou à Coluna que a companhia continua ‘muito entusiasmada com a parceria e está sempre em busca de novos negócios’.

Se a transação for concretizada, a Brookfield passará a deter cerca de 10 mil apartamentos para locação no Brasil, disparando na liderança. Este é um mercado que o grupo canadense domina nos Estados Unidos, onde possui 55 mil residências. Por aqui, o setor ainda é pouco explorado, uma vez que quase todas as moradias de aluguel estão nas mãos de pessoas físicas.

Há, porém, cada vez mais empresas, fundos e startups entrando no ramo. É o caso da SKR (numa parceria entre Cyrela, CPP e Greystar), Vila 11, Plano&Plano, Yuca, Vitacon, JFL Realty, VBI, entre outras.

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Na visão de Perroni, o mercado imobiliário para aluguel tem um potencial muito grande, considerando que comprar a casa própria está mais difícil diante das subidas do preço dos imóveis e das taxas de juros de financiamento. Sem contar que os millennials preferem ter a “mochila leve”, isto é, preferem deixar o dinheiro livre para estudar e viajar em vez de imobilizar o capital na compra de um imóvel, argumenta.

De olho no público de classe média

A Brookfield passou a estudar o mercado de locação há quase quatro anos. A decisão foi de entrar no segmento destinado à classe média, com aluguéis de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil nas capitais e regiões metropolitanas. É aí que dá para obter escala, explica Perroni. Além disso, a maioria dos empreendedores que já estão no mercado se voltaram para o público de alta renda, com aluguéis de R$ 4 mil até R$ 15 mil.

Este texto foi publicado antes em:
https://www.estadao.com.br/economia/negocios/brookfield-negocia-predios/

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