O corretor Luiz Fernando Leone, de 60 anos, tem intensificado o uso da WhatsApp para fazer negociações, acompanhamento de cliente e novas captações. “Esse também é um momento de se atualizar, fazer capacitações”, diz. Luiz trabalha para uma construtora, afetada pelo fechamento do estande e na qual os negócios passaram a ser todos online. Além da incorporadora, Luiz Fernando está também na plataforma Homer. Nas duas empresas, o tour virtual virou uma certeza.
A fundadora e CEO da Homer, Livia Rigueiral, explica que a startup tem apostado no modelo “open house”, em que um corretor apresenta o imóvel em uma live para os diversos interessados, clientes e outros corretores. Esse método, segundo ela, permite não apenas que se tire todas as dúvidas em tempo real, mas se explore melhor os detalhes. “É um processo que agiliza a vida do cliente. Hoje em dia, com ou sem pandemia, a gente está sem tempo, então o fato de o cliente poder conhecer virtualmente e só ir naquele que realmente gostou, já cobre grande parte do tempo que ele usaria”, esclarece Livia.
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Além disso, grandes investidores que estão fugindo da Bolsa, por exemplo, tornam-se um potencial alvo para essa divulgação, já que eles também têm em pressa em investir o dinheiro que está parado. É a este perfil que Livia aconselha prestar atenção.
Thais Cancian, uma das fundadoras do AoCubo, proptech (empresa de tecnologia do setor imobliário) que foca no mercado de lançamentos e visa reduzir a precarização dos profissionais de corretagem, também destaca o sucesso dos vídeos neste período. Para ela, a ferramenta, além de apresentar o imóvel, pode ser usada para tratar de outros assuntos que influenciam na compra, como facilidades oferecidas pelos bancos na crise, por exemplo.
Entusiastas da inovação, as empresárias convergem sobre a importância dos profissionais de corretagem e aconselham que, caso não haja familiaridade deles com a tecnologia, o momento é de buscar as pazes. Mas também descartam que o impulso tecnológico leve a uma substituição da “mão de obra” por máquinas. “A tecnologia muito mais agrega do que tira pessoas do ramo. O corretor de imóveis vai ser sempre essencial para mediar uma negociação”, sublinha Thais.
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