Gestão financeira é o maior desafio enfrentado por condomínios brasileiros
Preocupação com o tema fica a frente de temas como administração, obras e manutenções e problemas de convivência
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A relação com as finanças é o principal desafio enfrentado por condomínios brasileiros. A preocupação com o tema fica a frente de tópicos como administração do condomínio, obras e manutenções e problemas de convivência. É isso que mostra um levantamento realizado com 300 moradores e síndicos de todas as regiões do Brasil. O estudo foi feito pela TownSq, empresa especializada em tecnologia para gestão condominial.
A pesquisa Panorama dos Condomínios Brasileiros indicou que 25,3% dos entrevistados consideram a gestão financeira um problema. “Este é o calcanhar de Aquiles dos condomínios. Se há problemas neste setor, os moradores se sentem inseguros e até desconfiados”, justifica Ingrid Zenatti, diretora da TownSq no Brasil. “Problemas nas finanças podem até inviabilizar a reeleição do síndico.”
Zenatti acredita que a situação econômica do País potencializa essa preocupação dos gestores. “Se a população está endividada, os condomínios também vão sofrer impacto nas contas. O morador que não contribui com a taxa condominial se torna inadimplente e o condomínio precisa recorrer a outros meios de arrecadação, como a cobrança de uma taxa extra, por exemplo. E essa não é uma situação confortável.”
Por outro lado, o levantamento também mostra que, embora a questão financeira seja a maior preocupação para gestores e síndicos dos prédios, os moradores acreditam que a administração das atividades do dia a dia é o maior problema (21,3%) dos condomínios. Na visão de Ingrid, isso acontece porque o síndico tem uma visão mais ampla da gestão e tem acesso a outras informações do edifício.
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“Também houve um aumento do número de síndicos profissionais nos últimos anos – resultado da busca de condôminos pela gestão profissional”, comenta. “As mudanças tecnológicas, econômicas e sociais são sentidas nos condomínios. O condomínio é um ambiente onde várias gerações convivem. A tecnologia está presente e os condôminos buscam mais transparência da gestão”, afirma Zenatti.
O estudo também mostra que 39% dos condomínios têm 20% de taxa de inadimplência e concentram-se, principalmente, nas regiões sudeste, sul e nordeste. Ingrid avalia que é papel da administração atuar para diminuir as dívidas.
“A maioria dos condomínios terá moradores inadimplentes. É fundamental que o síndico tenha acesso às informações financeiras em tempo real para que saiba quanto dinheiro o condomínio tem em caixa, identifique as unidades inadimplentes e coloque em prática uma estratégia de gestão da inadimplência. Isso pode ir desde facilitar acesso a uma segunda via do boleto até promover um acordo para o pagamento da dívida.”
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