Diálogo e conciliação
Quem utiliza a ferramenta de locação por temporada garante que é um bom investimento. “Alugo meu imóvel em Ubatuba e, quando viajo, busco hospedagem também pelo aplicativo. Além do custo-benefício, ao alugar um imóvel tenho mais privacidade do que em um hotel ou uma pousada. Sem contar a facilidade! Sou mãe de duas crianças, um de 3 anos e outro de 10 meses, e quem já viajou com filhos sabe o quanto é libertador ter livre acesso à cozinha”, afirma a fotógrafa Clarissa Di Ciommo.
Mas, se por um lado a prática tem fomentado os negócios, por outro, vem gerando controvérsias até na justiça. “O diálogo amigável é o melhor caminho para impasses. E o síndico pode ajudar nessa intermediação, para que haja um bom acordo e todas as partes fiquem satisfeitas. Partir para o âmbito judicial só é recomendável depois de esgotadas todas as tentativas de solucionar o problema na base da conversa e do bom senso”, esclarece Angelica.
Assine nossa newsletter e receba por e-mail as principais notícias e dicas.
Fique tranquilo, não enviamos SPAM.
Quero me cadastrar para receber informações relevantes por e-mail. Fique tranquilo, não fazemos SPAM.
O advogado especializado no ramo condominial, Alexandre Marques, parte da mesma opinião. “No geral, processos duram de 1 a 5 anos, dependendo do grau de complexidade, número de integrantes e recursos oferecidos por cada parte. Existem milhares deles em tramitação nos mais diversos fóruns do País e a causa é a falta de uma cultura de mediação, de conciliação. O síndico deve agir como um pacificador social. Sugiro sempre a criação de comissões entre condôminos que ajudem a resolver essas questões. Há que se privilegiar a conciliação, sempre!”, avalia o advogado.
Calote, cão, carro, cano e criança
Com relação aos 5 cês, na avaliação da Lello Condomínios, o maior problema entre eles é o calote, isto é, a inadimplência. Um condomínio com altas taxas de boletos não pagos compromete toda a sua saúde financeira, tendo por vezes que se valer dos recursos do fundo de reserva para honrar as despesas ordinárias do mês. “Isso pode acarretar outra consequência: sem reserva suficiente para obras de melhoria e modernização, o patrimônio do condomínio se desvaloriza”, comenta Angelica.
Outra briga comum entre os moradores é o latido de cachorros. Para resolver essas questões do dia a dia, Angelica recomenda aos moradores prejudicados que procurem o síndico e exponham o problema, evitando também que estes casos cheguem aos tribunais.
“Em relação a cães e outros animais de estimação, a justiça já entendeu que não se pode proibir os moradores de tê-los em seus apartamentos, desde que existam regras bem definidas para circulação dos pets em áreas comuns e que eles não representem nenhum risco para os demais moradores”, afirma a gerente de relacionamento com o cliente da Lello.
No entanto, segundo o advogado Alexandre, alguns condomínios proíbem com base na legislação a circulação de animais soltos nas áreas comuns, permitindo o acesso “somente no colo do dono”. “Quem já entrou em um elevador pequeno com um morador transportando um cachorro arisco na coleira sabe do que estou falando. Não raro, o animal se assusta com a entrada de uma outra pessoa e avança ou late, quer cheirar… e muitas pessoas se incomodam.”
Para ele, cada problema deve passar por uma análise profunda de causa. “Deve-se identificar o que no dia a dia pode ser feito para resolver. Se for uma questão ligada à manutenção e conservação do condomínio, há que se otimizar recursos para resolver. Isso envolve compliance (normas legais e regulamentares) e conscientização”, conclui Alexandre.