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De olho em grandes empresas, WeWork desenvolve escritórios privados

De olho em grandes empresas, WeWork desenvolve escritórios privados

Por:Breno Damascena 23/05/2024 3 minutos de leitura
claudia woods-divulgação
Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina, conta que WeWork gastou R$ 5 mil por metro quadrado para adaptar espaços/ Crédito: Divulgação

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Desde que a cidade de Nova York assistiu ao nascimento da WeWork, a empresa se tornou uma dos grandes símbolos do coworking e de espaços físicos compartilhados. Quase 15 anos depois da fundação, a companhia agora se volta para a venda de andares inteiros para grandes e médias empresas. O objetivo é atender uma movimentação que se intensificou no mercado imobiliário depois da pandemia.

A WeWork notou que o período de instabilidade global fez com que as companhias passassem a buscar contratos menores e modelos mais flexíveis. “Os contratos tradicionais determinam vínculos longos, de 15 anos ou mais. A nossa proposta é permitir que este tempo caia para uma média de 24 meses. Cerca de 25% dos nossos clientes firmam contratos de 18 meses”, contextualiza Claudia Woods, CEO da WeWork na América Latina.

Batizada de WeWork Corporativo, a nova solução é focada na negociação de andares inteiros dos prédios da companhia. “Sempre tivemos grandes empresas conosco, mas, por vezes, elas negociavam contratos temporários, enquanto realizavam obras em suas sedes”, observa Woods. Na prática, a iniciativa tenta mesclar a privacidade de um prédio comum com a flexibilidade contratual de escritórios compartilhados.

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Para isto, foram gastos mais de R$ 5 mil para a adaptação de cada metro quadrado destes novos espaços. “Entregamos o espaço pronto. Não apenas a infraestrutura, mas os espaços de convivência, a distribuição adequada da sala de reunião, cabines telefônicas e até uma entrada com catraca exclusiva, além das facilidades comuns a todo WeWork, como agenda de eventos de ativação e uma pessoa que gerencia o ambiente”. 

Relação com o escritório

Claudia entende que o novo modelo responde à transformação na maneira como trabalhadores e empresas se relacionam com o ambiente de trabalho. “O modelo híbrido está consolidado e este produto é um complemento a esta tendência. As grandes companhias não querem mais alocar capital em equipamentos de mobiliário, por exemplo; e agora elas fazem uma rotação entre os funcionários que vão ao escritório”, aponta.

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A própria ida ao escritório também é um ponto de atenção para a WeWork. De acordo com um levantamento realizado pela própria empresa, o interesse pela Zona Sul de São Paulo, historicamente conhecida por abrigar edifícios corporativos, cresceu 50% entre 2022 e 2024. A região da Avenida Paulista também registrou alta de 9,5% no mesmo período. Por outro lado, no entanto, observa-se uma mudança no perfil geográfico dos trabalhadores. 

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“Antes, eles buscavam morar perto do trabalho a qualquer custo, hoje moram onde querem, não apenas atendendo ao interesse do empregador. Com isso, as pessoas ficam mais espalhadas, mas os hubs das empresas continuam nas centralidades”, observa. “Uma das vantagens deste modelo é que o colaborador pode usufruir da WeWork mais perto de casa nos dias que não precisar ir ao escritório da empresa”.

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Não à toa, Claudia garante que o WeWork Corporativo não irá suplantar o modelo tradicional da companhia. A ideia é que eles coexistam. “A gente continua operando nas duas frentes de negócio. A diferença é que antes essa comercialização de andares inteiros para uma única empresa agora representa um novo braço do nosso negócio. Antes era algo que acontecia de forma orgânica”, finaliza a executiva.

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