Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou por videoconferência da reunião presidencial da Cúpula do Brics. Ele iria presencialmente ao evento, mas cancelou a viagem depois de se machucar no banheiro do Palácio da Alvorada. Lula estava cortando as unhas dos pés quando se desequilibrou e caiu batendo a cabeça numa quina.
O acidente doméstico ilustra a importância de adaptar os imóveis para a terceira idade. De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), um em cada três idosos com mais de 65 anos sofre pelo menos uma queda por ano. Destes, 5% precisam ser hospitalizados ou sofrem fraturas.
+ O que Lula fazia quando caiu e bateu a cabeça?
A estimativa de queda sobe para 40% entre pessoas com mais de 80 anos. Para evitar este tipo de situação, a recomendação de especialistas é prestar atenção em todos os cômodos da casa.
Publicidade
Confira 5 dicas práticas para tornar o seu imóvel mais seguro para os idosos:
1. Melhore a iluminação
A visão é um dos sentidos mais impactados pelo envelhecimento. E, por isso, a iluminação do banheiro precisa ser pensada para que o morador consiga enxergar todos os “perigos”. Além da luz principal, a indicação é adicionar luzes para melhorar a clareza no ambiente. Uma sugestão é colocar lâmpadas em bancadas, próximas de espelhos e em outros pontos do cômodo.
2. Atenção à mobília
Publicidade
A escolha dos móveis deve estar de acordo com as necessidades deste público. A ergonomia da mobília, principalmente cadeiras, sofás e camas, precisam ser adquiridas ou ajustadas de olho na facilidade que os moradores vão ter de se levantar sozinhos e a certeza de que os móveis aguentam o seu peso.
“Antes da compra, é recomendado ir até a loja pessoalmente e verificar os tamanhos disponíveis – e, se possível, levá-los para realizar uma experiência in loco. Outra solução é trabalhar com móveis sob medida”, sugere o arquiteto Bruno Moraes.
Além disso, é importante se atentar à disposição dos móveis no ambiente, se preocupando em não deixar objetos no meio do caminho para não dificultar o deslocamento. “Quanto mais fluido for o ambiente, melhor será o espaço”, orienta.
Publicidade
3. Escolha bem os materiais
Quando estão alagados, os banheiros se tornam “armadilhas”. O risco de se desequilibrar e cair é maior neste cômodo do que no restante da casa. É por isso que é recomendável utilizar materiais que diminuam este perigo, especialmente os pisos.
“É preciso investir em revestimentos antiderrapantes para evitar escorregões, bem como eleger modelos de fácil limpeza, seja para o caso de o próprio idoso realizá-la sozinho ou para alguém que cuide da residência”, recomenda Moraes.
4. Adapte o imóvel para os idosos
Publicidade
Inclua barras de apoio nas paredes para que os idosos possam tomar banho sozinhos sem se desequilibrar. Amplie a largura das portas para permitir a entrada de duas pessoas ou de uma cadeira de rodas. Aumente a distância entre os móveis para facilitar a circulação. Essas e outras práticas vão melhorar a rotina das pessoas que moram na casa.
+ Dia dos Pais: 60 dicas de presentes para a data
É fundamental que essas mudanças sejam realizadas com foco na autonomia e comodidade do morador. “Com relação ao banheiro ou outras áreas molhadas, uma dica é incluir barras de apoio nas paredes para que o idoso possa se equilibrar e, até mesmo, conseguir tomar banho sozinho”, indica o arquiteto.
“Também vale incluir um banquinho com pés antiderrapantes, que servirá de apoio caso o morador sinta necessidade de sentar-se. Em casas com pequenas escadas, vale a pena considerar a execução de rampa de acesso”.
Publicidade
5. Tecnologia e acolhimento
O avanço da tecnologia possibilitou o surgimento de soluções capazes de melhorar a vida dos idosos. Sistemas de monitoramento, por exemplo, permitem que os parentes acompanhem os idosos quando eles ficam sozinhos em casa.
+ Quantos idosos vivem sozinhos no Brasil? ‘Não sinto solidão’
A fechadura eletrônica pode facilitar a entrada no imóvel em casos de emergências. E sensores ajudam a evitar possíveis vazamentos de gás por esquecimento ou acionamento acidental. “Há sensores que avisam sobre problemas por meio da emissão de sinais sonoros ou mensagens de texto”, ilustra Moraes.
Publicidade