Economia compartilhada e os novos horizontes na aquisição de residências
Roberto Pinheiro é CEO da MyDoor
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Em 2021, o estudo “Global Powers of Luxury Goods” realizado pela Deloitte, analisou o desempenho e as tendências da indústria de bens de luxo. Dentre os principais destaques da publicação, um dado chama a atenção: o gasto com experiências cresceu cerca de 5,4%.
O estudo observou mudanças nas preferências dos consumidores, como uma maior valorização da experiência de compra, a busca por produtos autênticos e a importância da inovação e da digitalização. Esses dados comprovam que, no cenário em constante transformação em que vivemos, a busca por inovação e novos modelos de consumo está mais evidente do que nunca.
A sociedade contemporânea valoriza cada vez mais a praticidade, a flexibilidade e a preocupação com o meio ambiente. E é nesse contexto que surgem alternativas inovadoras para a aquisição de todos os tipos de bens – inclusive residências.
O mercado imobiliário no Brasil está em ascensão: de acordo com dados da Brain Inteligência Estratégica, o setor cresceu quase 22% no ano passado, ultrapassando um valor geral de venda (VGV) de R$ 41 bilhões, com previsão de crescer 28% em relação ao ano anterior até o final de 2023.
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Uma das tendências que está impulsionando essa indústria são os modelos de negócio dedicados à aquisição de propriedades de forma compartilhada. Oferecendo a oportunidade de adquirir uma casa de alto padrão para o lazer por ⅛ do custo, registramos um crescimento de 300% no volume de vendas do MyDoor entre 2022 e 2023, números que comprovam que o consumidor do mercado de luxo está mais interessado e disposto a vivenciar os benefícios da economia compartilhada.
E o modelo chegou para redefinir a forma como encaramos a posse de uma casa para o lazer de forma inteligente e sustentável. A possibilidade de adquirir cotas de propriedades de alto padrão a um custo fracionado permite que o comprador tem acesso a uma experiência única, onde a liberdade de escolha e a flexibilidade se tornam pilares fundamentais.
Flexibilidade: o timoneiro das novas gerações
Vivemos em uma época em que a capacidade de adaptação e a liberdade de escolha se tornaram essenciais. Cada vez mais os consumidores buscam investir em conveniência. O modelo de propriedades compartilhadas abraça essa característica, permitindo que seus membros explorem diferentes destinos e experiências sem as amarras tradicionais da posse integral de uma propriedade.
É a liberdade de desfrutar do litoral em uma semana de calor e, na sequência migrar para uma casa na serra durante dias mais frios, sem os encargos e preocupações que normalmente acompanham a aquisição de uma segunda residência fixa.
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Com uma propriedade compartilhada, os donos têm a comodidade de uma empresa profissional cuidando da gestão da casa e ainda podem contar com experiências personalizadas, oferecidas pela empresa gestora.
Além da flexibilidade e praticidade, a prática é sustentável. Ao otimizar o uso de cada espaço e recurso, minimiza-se o impacto ambiental, tornando a compra de cotas uma escolha consciente e alinhada com as necessidades das gerações futuras.
Além disso, o compartilhamento permite que as casas, que antes ficavam desocupadas por quase 11 meses no ano, já que segundo estimativas do setor imobiliário residências de lazer são usadas por seus proprietários apenas 40 dias em um ano, tenham um fluxo maior de pessoas frequentando.
É um movimento que contribui para o desenvolvimento da economia local, especialmente em lugares que dependem exclusivamente de turismo.
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A aquisição de propriedades compartilhadas representa um marco na forma como concebemos a aquisição e experiência de lazer em residências de alto padrão. Ao transcender as barreiras da posse tradicional, é possível criar novas perspectivas sobre a forma de viver, impactando positivamente o futuro do planeta.
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