Built to Suit: a ascensão da modalidade no setor de Condomínios Logísticos
Marcio Siqueira é Diretor Executivo de Operações da Log Commercial Properties
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A partir das mudanças na forma de consumo, ocasionadas pela digitalização de diversos setores após a pandemia, a dinâmica das cadeias de suprimentos também precisou ser transformada.
Diante desse contexto, o mercado de condomínios logísticos foi impulsionado, estimulando os players do setor a se prepararem para a grande atenção que os empreendimentos passaram a ter, como alternativa para corresponder às novas demandas de empresas com operações de diferentes portes.
Com isso, durante a corrida em busca de espaços adequados para comportar as necessidades de clientes, companhias de diferentes segmentos passaram a buscar formas de estabelecer padrões elevados de infraestrutura em seus galpões de maneira estratégica – movimento que fortaleceu o conceito de Built to Suit (BTS) no Brasil.
Isso porque esse modelo de desenvolvimento imobiliário em que o empreendimento é projetado e construído sob medida para atender as especificidades de cada empresa é capaz de garantir que os imóveis sejam criados de maneira customizada.
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Para os locatários, o BTS proporciona a personalização de espaços, o que contribui para aumentar a integração das operações, além da possibilidade de que sejam incorporadas tecnologias específicas, como climatização, sistemas automatizados de armazenamento e movimentação de mercadorias, por exemplo.
O contrato de Built to Suit normalmente é de longo prazo, o que gera maior estabilidade para as operações e previsibilidade financeira, junto com a certeza de que o imóvel atenderá as demandas durante a sua ocupação, sem a necessidade de reformas ou adaptações de alta complexidade. Além disso, em uma eventual rescisão de contrato a multa corresponde ao saldo de contrato, trazendo grande previsibilidade para investidores.
Esse tipo de projeto auxilia também na implantação de soluções verdes, que incentivam a promoção da sustentabilidade e eficiência energética por meio de ferramentas como painéis solares, sistemas de reutilização de água e tecnologias de manejo de resíduos, que diminuem o impacto ambiental significativamente.
Para os desenvolvedores dos empreendimentos, esse modelo oferece a segurança de contar com um locatário antes mesmo do início das obras. Isso reduz consideravelmente o risco de vacância, além de permitir que o retorno sobre o investimento seja calculado com maior precisão e assertividade.
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Em quase 10 anos operando no desenvolvimento de empreendimentos BTS, observei a força desse modelo. A perspectiva é de que as empresas estejam cada vez mais conscientes sobre a importância de um espaço logístico bem planejado e adaptado às suas operações, o que torna o BTS uma escolha estratégica para um futuro breve.
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