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A economia pink e o seu potencial imobiliário

Elisa Rosenthal é Diretora Presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário

Por:Elisa Rosenthal 15/06/2024 2 minutos de leitura
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“Eles buscam espaços que não apenas atendam às suas necessidades práticas, mas também um ambiente inclusivo e acolhedor”/ Crédito: Vorda Berge/AdobeStock

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Com a chegada de junho, mês do orgulho LGBTQIAP+, é fundamental refletir sobre como a diversidade está moldando o mercado imobiliário. A sigla representa a evolução contínua de nossa sociedade em busca de compreender e respeitar todas as formas de ser e amar.

No contexto imobiliário, a chamada “economia pink” tem sido catalisadora de mudanças significativas. Este termo abrange o poder de compra desta comunidade diversa, que movimenta bilhões de dólares globalmente, influenciando diversos setores, incluindo o imobiliário.

No Brasil, cerca de 19 milhões de pessoas se identificam com alguma das orientações sexuais e identidades de gênero representadas pela sigla. Estudos mostram que este público tem um gasto médio 14% maior que a média, movimentando R$ 11 bilhões por ano no varejo e representando quase 5% do PIB. 

+ Dia dos Namorados: casais moram juntos para economizar no aluguel

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Segundo o estudo “Rainbow Homes”, da Nielsen, as chamadas “famílias arco-íris” – compostas por casais do mesmo sexo ou por pessoas LGBTQIAP+ – são responsáveis por 5,5% do consumo no país e têm um gasto 14% superior ao das demais famílias.

As novas gerações de consumidores estão cada vez mais conscientes e exigentes em suas escolhas de moradia. Eles buscam espaços que não apenas atendam às suas necessidades práticas, mas que também proporcionem um ambiente inclusivo e acolhedor. Essa demanda exige que o mercado imobiliário se adapte, oferecendo não apenas imóveis, mas também comunidades que respeitem e celebrem a diversidade.

Para atrair consumidores da economia pink, as empresas do setor precisam ir além do marketing de nicho e criar ambientes verdadeiramente inclusivos. Isso inclui implementar políticas antidiscriminatórias, promover eventos que celebram a diversidade e criar espaços seguros para todos. 

Além disso, a representação nas campanhas publicitárias e na liderança das empresas do setor é crucial para construir confiança e lealdade entre esses consumidores. Segundo o Relatório Orgulho LGBTQIA+ 2023, realizado pela Opinion Box, 69% dos consumidores LGBTQIA+ preferem comprar de empresas que evidenciam apoio à diversidade e inclusão.

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Em várias partes do mundo, já existem iniciativas bem-sucedidas no mercado imobiliário voltadas para as “famílias arco-íris”. Cidades como São Francisco e Berlim têm bairros que se tornaram vibrantes hubs de cultura e inovação. 

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No Brasil, a revitalização de áreas urbanas com foco na diversidade, como a região da Avenida Paulista em São Paulo, Copacabana no Rio de Janeiro e o Porto da Barra em Salvador, tem mostrado resultados positivos, atraindo moradores e investidores .

Ao celebrar a diversidade e promover a inclusão, o mercado imobiliário se torna não apenas mais justo e representativo, mas também mais próspero e inovador. 

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Neste mês de junho, especialmente no dia 28, que marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, é essencial reconhecer e valorizar a contribuição significativa dessa comunidade para a economia e, em particular, para o mercado imobiliário. Ao fazê-lo, estaremos construindo um futuro mais inclusivo e equitativo para todos.

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