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BC eleva Selic pela 12ª vez seguida para 13,75%, o maior patamar desde início de 2017

Selic subiu 11,75 pontos porcentuais desde a mínima histórica de 2%, o maior choque de juros desde 1999

Por: Thais Barcellos e Eduardo Rodrigues, O Estado de S. Paulo 03/08/2022 2 minutos de leitura
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É o 12º aumento consecutivo da Selic desde março de 2021, no que já é o ciclo de aperto monetário mais longo da história do Copom/ Crédito: Getty Images

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Na missão de alcançar uma inflação mais próxima do centro da meta em 2023, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 13,25% para 13,75% ao ano, voltando ao patamar de janeiro de 2017. O BC deixou ainda a porta aberta para mais um reajuste de menor magnitude na próxima reunião. Com isso, em setembro, a Selic pode chegar a 14% ao ano – isso a dez dias do primeiro turno das eleições.

Foi o 12º aumento consecutivo do juro básico desde março de 2021, no que já é o ciclo de aperto monetário mais longo da história do Copom, para tentar debelar uma inflação alta, disseminada e persistente. A Selic subiu 11,75 pontos porcentuais desde a mínima histórica de 2,0%, o maior choque de juros desde 1999.

No comunicado, o Banco Central afirmou que “o ambiente externo mantém-se adverso e volátil” e que a “inflação ao consumidor continua elevada”. O comitê disse ainda que “avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião” – ou seja, de 0,25 ponto porcentual. A próxima decisão será no dia 21 de setembro.

O aumento do juro básico da economia reflete em taxas bancárias mais elevadas, embora haja uma defasagem entre a decisão do BC e o encarecimento do crédito (entre seis meses e nove meses). A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos.

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Por outro lado, aplicações em renda fixa, como no Tesouro Direto e em debêntures (títulos de empresas), passam a render mais. A decisão desta quarta-feira, 3, era plenamente esperada pelo mercado financeiro, já que o BC afirmou, após subir a Selic em 0,50pp no Copom de junho, que antevia um novo ajuste de igual ou menor magnitude para a reunião deste mês.

Desde então, a ininterrupta deterioração das expectativas de inflação para 2023, os dados econômicos mais fortes e as ofensivas do governo ao teto de gastos (regra que atrela o crescimento das despesas à inflação) em ano eleitoral fizeram as apostas convergirem para 0,50pp.

Apesar das recentes medidas tomadas pelo governo terem reduzido o peso de combustíveis e da energia elétrica na inflação deste ano, com prováveis deflações no IPCA em julho e agosto, as projeções para 2023 seguem em alta. Como leva tempo para que os efeitos da política monetária sejam sentidos na economia, a nova alta de juros mira a inflação do próximo ano.

Para 2023, a meta de inflação foi fixada 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Na semana passada, porém, o mercado estimou que a meta será novamente superada no próximo ano, com a inflação atingindo 5,33%.

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De 51 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast, 49 esperavam alta de 0,50pp dos juros básicos, para 13,75%. Uma casa estimava aumento de 0,25pp, a 13,50%, enquanto uma projetava a manutenção do patamar de 13,25%.

Leia o texto completo em:
https://www.estadao.com.br/economia/copom-13-75/

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