A retomada gradual das atividades econômicas em São Paulo em meio à pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças não só para os condomínios comerciais, mas também os residenciais. Enquanto escritórios, lojas e serviços voltam a abrir as portas, a flexibilização nos condomínios fica nas mãos dos síndicos, que têm sido pressionados por moradores confinados e ávidos por usar as áreas comuns, até então fechadas.
Segundo a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), a reabertura destes espaços só pode acontecer se “seguir um tripé de segurança, formado por medidas de distanciamento social, uso de máscaras de proteção e higienização frequente”. Para as áreas cobertas, a associação recomenda mais cautela e sugere reabertura somente mediante reserva por apartamento, a fim de controlar o número de usuários.
Com a autonomia da decisão na mão dos síndicos, o jeito tem sido apelar para o consenso entre moradores. Sócio da Patrimonius e síndico profissional de 32 condomínios, Rafael Bernardes, de 38 anos, democratizou a questão. “Quando o prefeito passou para o mercado a informação de que essas decisões seriam de responsabilidade dos síndicos, teve uma onda de solicitações dos moradores, querendo saber se ia abrir playground, academia.”