A Avenida Rebouças e ruas vizinhas convivem atualmente com o barulho constante criado por uma pulverização de novos empreendimentos. O “canteiro de obras” é um dos resultados da Lei de Zoneamento, que em 2016 revisou a Lei de Uso e Ocupação do Solo da cidade e incentivou o aumento do potencial construtivo.
Segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), foram 3.845 apartamentos lançados entre 2016 e 2019 num raio de até 500 metros ao longo de toda a Rebouças. A quantidade de apartamentos saltou ano a ano: 188 em 2016; 1.010 em 2017; 1.258 em 2018; e 1.389 no ano passado. Num giro pelas redondezas, é possível ver placas de incorporadoras como Helbor, Tishman Speyer, Tegra, You, Planik e Nortis.
Numa rua como a Cristiano Viana, no quarteirão mais próximo da Rebouças e vizinho à estação Oscar Freire da linha 4-Amarela do metrô, é possível contar ao menos seis prédios em fase inicial de construção. Com boa oferta de transporte público e uma renovação em curso, a Rebouças e seu entorno devem ganhar uma nova cara.
Uma das mudanças em curso vem com o alto índice de imóveis pequenos. Conforme os dados do Secovi, a maior parte das unidades lançadas (69%) são de apartamentos com um dormitório. As unidades com dois quartos representam 22%, e as com três ou mais somam 9% do total de lançamentos.