Na região central de um município costumamos encontrar uma grande variedade de serviços, como restaurantes, mercados e lojas, alguns inclusive funcionando 24 horas. Ou seja, praticamente tudo está disponível a alguns passos da sua moradia e a qualquer hora.
O centro é, frequentemente, o local mais plural de toda a cidade, com a circulação de pessoas de todas as classes sociais, migrantes de diversas partes do Estado, do País e mesmo de estrangeiros convivendo e transformando as expressões culturais ali presentes. No caso de São Paulo, destacam-se os imigrantes vindos do Japão, China, Nigéria, Bolívia, Haiti e Serra Leoa.
De acordo com a pesquisa Viver em São Paulo edição 2018, realizada pelo Ibope Inteligência para a Rede Nossa São Paulo, a área central apresenta o maior número de vítimas de roubo ou furto e de preconceito e discriminação, apontado por 38% das pessoas entrevistadas, enquanto na zona leste o apontamento foi de 28% dos entrevistados, seguida pelas regiões sul e norte com 22% e oeste com 21%. Além disso, a violência foi citada como o fator que mais amedronta os moradores do centro, relatado no mesmo levantamento por 68% das 800 pessoas abordadas.
Outro inconveniente de viver no centro está diretamente ligado a uma vantagem: a enorme oferta de serviços. Como há muitos estabelecimentos e eles funcionam em várias horas do dia e da noite, o território nunca dorme. Então, há movimento e barulho sempre. Algumas pessoas não se incomodam com isso e a vantagem de ter facilidades ao lado de casa supera o desconforto da agitação. Contudo, para quem gosta de chegar em casa e ter tranquilidade, morar na Sé, República, Bom Retiro ou Consolação talvez não seja uma boa ideia.
Publicidade
Já a respeito dos aspectos positivos, a facilidade de locomoção é uma das mais contundentes, por se tratar de uma região bem servida de transporte público, com linhas de ônibus, metrô e trem. Seja qual for a localidade da cidade que o visitante esteja, é simples encontrar uma condução para a gema da capital.
Mas também existem outras questões muito atrativas do ponto de vista arquitetônico, como os grandes apartamentos, com pé direito alto e construções resistentes, em condomínios e edifícios repletos de história, como o Copan, Edifício Germaine Burchar e Edifício Saint Honore.
A arquitetura clássica também é presente e notória em muitas ruas, avenidas, locais curiosos e contrastantes, como a rua Avanhandava, que foi revitalizada pela iniciativa privada quando estava em decadência.
A ideia partiu do empresário Walter Mancini, que adquiriu imóveis neste logradouro e reformou todo o local sem o auxílio da prefeitura. Hoje, a pitoresca via, que conta com oito empreendimentos da família Mancini, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.
Publicidade
Outro ponto extremamente relevante da localidade, está relacionado ao entretenimento, com muitos teatros, exposições e, ainda, as festas tradicionais, como a celebração da Nossa Senhora Achiropita, realizada no bairro do Bixiga, além de todas as possibilidades de lazer. A região central, respira arte e cultura, são dezenas de apresentações, feiras de artesanatos, museus, espaços culturais, além de bares e restaurantes tradicionais, com opções para todos os gostos.
Quer saber mais sobre o patrimônio arquitetônico da região central de São Paulo e como eles estão relacionados com a história do Brasil? Faça um roteiro turístico pelas ciclovias e ciclofaixas e conheça a cidade por sua riqueza imobiliária!