Crédito: Acervo Pessoal
No glamuroso mercado imobiliário de alto padrão, o papel de protagonista é ocupado pelos corretores de imóveis. Atuando nos bastidores das vendas de coberturas luxuosas e mansões cobiçadas, eles desenvolvem estratégias para atrair compradores endinheirados e ajudam o setor a movimentar cifras milionárias. As lucrativas comissões motivam estes profissionais, mas poucos conseguem alcançar as maiores remunerações.
Ronaldo Dantas, sócio-diretor da My Broker, imobiliária especializada no mercado de luxo, detalha que os ganhos aproximados dos corretores de imóveis são de R$ 6 mil mensais para iniciantes e R$ 12 mil para os profissionais plenos. Os corretores mais experientes ou seniores chegam a ganhar R$ 25 mil por mês. “Temos profissionais na nossa equipe que já receberam R$ 700 mil de comissionamento em um ano”.
O executivo destaca, entretanto, que os valores podem variar significativamente e que eles variam com a instabilidade, pois os ganhos chegam à medida que cada venda acontece. Portanto, naqueles meses que o corretor não conseguir vender nenhum imóvel, ele estará sem rendimentos.
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É isto que explica Sophia Martins, corretora e empresária do setor. “Os corretores de imóveis de luxo geralmente não têm um salário fixo, pois são remunerados por comissões”, comenta.
“Para imóveis acima de R$ 10 milhões, as comissões frequentemente variam entre 3% e 6% do valor da venda. Para imóveis entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, as comissões costumam estar na faixa de 4% a 6%. Para imóveis abaixo de R$ 5 milhões, as comissões podem variar de 2% a 5%”, enumera Sophia. “Mas esses percentuais são negociáveis e podem ser ajustados com base na exclusividade do imóvel, no tempo de mercado e nas necessidades específicas do cliente e do corretor”, argumenta.
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Sophia destaca a venda de um imóvel de R$ 20 milhões na cidade de Jurerê Internacional, um dos destinos de luxo de Santa Catarina. “Um corretor especializado em propriedades de praia vendeu a propriedade a um cliente internacional. A comissão foi acordada em 4% e ele recebeu R$ 800 mil pela negociação”, exemplifica.
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Os altos rendimentos, entretanto, não são uma realidade para todos os profissionais do setor. De acordo com um levantamento da Toro Investimentos 19% dos profissionais possuem rendimentos mensais acima de R$ 10 mil. Ana Carolina Gozzi, co-CEO da Compre & Alugue Agora, plataforma que conecta corretores e compradores de imóveis, conta que o faturamento costuma ser bem menor.
“Um corretor iniciante recebe um salário mínimo (+comissão e benefícios), um corretor pleno recebe aproximadamente R$ 2 mil (+comissão e benefícios) e um corretor sênior recebe aproximadamente R$ 2,7 mil (+comissão e benefícios)”, indica. A perspectiva de Ana contrapõe a visão ilusória de que todos os profissionais surfam os bons momentos do mercado imobiliário.
Existem diversos fatores por trás das exceções que se destacam no segmento. “Para atuar com o luxo, é preciso entender a mentalidade, desejos e anseios deste público. E isto exige um certo amadurecimento na profissão. O consumidor de alto padrão também deseja ser atendido por um profissional de alta performance, que demonstra domínio do mercado e das operações imobiliárias”, explica Ronaldo.
Além de ter boas propriedades para apresentar no portfólio, os corretores de imóveis de luxo que recebem as maiores comissões se destacam pela sua rede de contatos.
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“Os melhores corretores têm habilidades de negociação excepcionais, conhecimento profundo do mercado local e internacional, além de um serviço ao cliente de alto nível. Eles não apenas vendem imóveis, mas oferecem um serviço personalizado”, assegura Sophia.
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Ela afirma que o caminho para chegar a este lugar passa pela construção de uma marca forte e de credibilidade, o investimento em educação e estar atualizado sobre as tendências do setor.
“É importante desenvolver habilidades de marketing pessoal e digital, construir e manter uma sólida rede de contatos de alto nível, além de entender profundamente as características únicas do mercado de luxo e os desejos dos compradores”.
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