Aluguel

Morar em São Paulo: Quanto custa?

Cidade possui maior índice de preços para venda e maior rentabilidade pelo aluguel; destacamos os bairros paulistanos com maior valor por metro quadrado

Por:Rafael Moura 27/09/2021 8 minutos de leitura
Quanto melhor é a infraestrutura ao redor do imóvel, maior é o preço da área privativa/ Crédito: Getty Images

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É possível saber quanto custa morar em São Paulo? E quanto cobrar por uma locação? Você sabe o que pode definir o preço do metro quadrado de um imóvel? Para entender mais, trouxemos algumas informações que podem ajudar a entender o alto preço de alguns bairros paulistanos.

Segundo Bruno Oliveira, Economista do Fipezap, existem duas coisas que influenciam o preço dos imóveis: a demanda – quantidade de pessoas querendo morar em São Paulo num local específico – e a oferta – quantidade de imóveis disponíveis que aquele bairro pode oferecer.  

Bruno explica que a demanda de um bairro se reflete em todos os atributos associados a ele.

“Imóvel iguais, um perto do metrô e outro longe do metrô, terão preços diferentes. Aquele que está mais próximo será mais caro, porque é uma infraestrutura desejável, as pessoas querem morar em São Paulo perto do metrô”, avalia.

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Bairros que possuem instituições de ensino de qualidade, sejam públicas ou privadas, também valorizam seus imóveis.

“Geralmente os filhos são alocados em escolas próximas de casa. Se os pais desejam que seus filhos tenham uma boa educação, você aumenta a demanda por moradia naquele espaço, o que afeta os preços.”

Outros fatores, como áreas mais arborizadas, segurança e equipamentos de lazer também aumentam o desejo por determinada região.

Agora, quando pensamos em oferta, o Economista usa como referência a região mais cara da cidade.

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“O parque do Ibirapuera é muito caro. Se ali tivéssemos apenas casas, o preço para morar em São Paulo e região seria ainda maior. Mas se no lugar de algumas casas você constrói um prédio, aumenta a quantidade de oferta de imóveis. Então, outro elemento é o regramento da urbanização que impacta a oferta”, explica.

Os bairros mais caros para se morar em São Paulo são:

Itaim Bibi

Locação: R$59,0 m²
Venda: R$15.113 m²

Itaim Bibi – São Paulo

Localizado na zona oeste de São Paulo, o Itaim Bibi, que inclui a área da Vila Olímpia, é considerado um dos endereços mais privilegiados pela sua localização estratégica na cidade, próximo aos principais serviços de mobilidade, com amplo acesso ao transporte público e linhas de integração e ciclovias.

Seus moradores podem optar por deixar o carro na garagem e fugir do trânsito, já que você está ao lado da Avenida Faria Lima, pólo econômico de São Paulo, onde estão instaladas as maiores empresas do País.

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O bairro também dispõe de uma série de opções para lazer, com shoppings como o Iguatemi com lojas exclusivas, o Parque do Povo para a prática de exercícios e caminhada, passeio com os cachorros e diversão para as crianças ao ar livre. 

O Itaim Bibi também possui várias opções gastronômicas famosas na cidade, com opções da cozinha italiana à culinária francesa, lanchonetes e temakeria. Durante a noite, o bairro conta com várias opções de bares e boates de música.

Pinheiros

Locação: R$54,5 m²
Venda: R$14.584 m²

Rio Pinheiros – São Paulo

Pinheiros é considerado um dos melhores bairros para se morar em São Paulo, pela variedade de opções de serviços que ele oferece, além de estar conectado com os principais pontos da cidade, mantendo a calma e tranquilidade de uma região residencial. 

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Pinheiros tem ligação com as principais avenidas da cidade, acessos para o transporte público e também fica próximo dos Jardins e da Vila Madalena — que entrega um tour cultural para curtir arte e gastronomia, galerias, centros culturais, entre outras atrações.

Com as grandes opções de lazer, Pinheiros tem no seu entorno 50 parques e praças para quem curte atividades ao ar livre, dentre eles o Villa-Lobos, a Praça Panamericana e a Praça Victor Civita, além de dezenas de clubes como o Hebraica e o tradicional Clube Pinheiros.

Jardins

Locação:R$50,7 m²
Venda: R$12.992 m²


Administrado pela Subprefeitura de Pinheiros, o Jardins é reconhecido especialmente pela Rua Oscar Freire, com lojas e comércio de luxo e marcas renomadas.

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O bairro se conecta com outra rua emblemática na região. A rua Augusta oferece dezenas de opções de vestuário e decoração mais descoladas e customizadas.

O Jardins ainda possui o museu da Imagem e do Som, que já abriu ao público exposições famosas, como a do Castelo Rá-Tim-Bum, Tim Burton, Feira Plana, entre outras. O bairro possui ampla estrutura de mobilidade e vastas ciclovias.

Com ligação com a Av. Paulista, amplia o acesso a shoppings e parques, como o Trianon e o Ibirapuera, além das opções gastronômicas e o tradicional Clube Atlético Paulistano.

Moema 

Locação:R$49,3 m²
Venda: R$13.381 m²

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Moema – São Paulo

Com um dos maiores shoppings de São Paulo, Moema é um dos endereços mais nobres e  tradicionais da cidade, com o privilégio de habitar próximo ao Parque do Ibirapuera, um dos queridinhos dos paulistanos.

O bairro tem o metro quadrado mais caro da cidade. Suas ruas levam nomes de pássaros e de índios, com uma área tranquila para quem busca um lugar agradável e seguro para morar.

Com ligação a outros bairros da lista, Moema possui ótimas opções gastronômicas, de mobilidade com transporte público que se conecta com os principais pontos turísticos da cidade, além de oferecer boa estrutura hospitalar. 

Vila Mariana

Locação: 42,0
Venda: R$11.763 m²

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Vila Mariana – São Paulo

Um dos bairros da cidade que representa maior qualidade de vida, com acesso a dezenas de atividades para o lazer e diversão.

O bairro oferece infraestrutura que inclui mobilidade, faixa para ciclistas que liga até a Avenida Paulista, transporte público variado com metrô e conexão com linhas de ônibus. 

A região ainda tem grande estrutura educacional com alguns dos melhores colégios da cidade e universidades como ESPM e Belas Artes. Oferece dezenas de opções gastronômicas na Rua Joaquim Távora, com opções variadas e bares que abrem durante a noite.

Paraíso 

Locação:R$46,7 m²
Venda: R$11.103 m²

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Paraíso – São Paulo

Dentre os demais, o Paraíso é o mais em conta quando o assunto é aluguel em São Paulo. Mas o bairro não fica para trás em nada comparado aos outros da lista, já que é considerado um local de residências nobres em São Paulo.

O bairro abriga um roteiro cultural rico e estação de metrô conectada com a Avenida Paulista. Nos seus arredores estão a Casa das Rosas, o Itaú Cultural e o Sesc Av. Paulista com programações culturais ecléticas.

O Paraíso está próximo de umas das avenidas mais movimentadas da cidade, a 23 de Maio, com fácil acesso ao aeroporto de Congonhas e rodovias que ligam a cidade ao litoral.

Aluguel para morar em São Paulo durante a pandemia

“Com a queda de renda, a intenção de pagar caro por qualquer serviço ou produto diminui. A crise fez cair 0 preço da locação mais do que da venda. O valor da locação é mais sensível ao ambiente econômico atual”, diz Bruno Oliveira.

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Segundo dados divulgados pela FipeZap, considerando o período de fevereiro de 2020 até agosto de 2021, quando foi divulgado o último índice, a locação de imóveis em São Paulo caiu cerca de 2,2% em termos nominais. Enquanto na venda, cresceu 6,4% no mesmo período. 

É importante lembrar que o Índice Fipe Zap+ acompanha o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para medir a alta ou queda de preço médio, diferente do referenciador do aluguel, o  Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M).

Em agosto de 2021 vimos que, entre os problemas socioeconômicos que o País já enfrentava e foram agravados pela pandemia do novo coronavírus está a crise habitacional.

Desemprego e redução de jornada de trabalho

Com o aumento do desemprego e a redução de salários, muitos se viram do dia para a noite impossibilitados de pagar o aluguel de casa em São Paulo. Negócios que foram obrigados a suspender ou reduzir atividades estão com a mesma dificuldade.

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Na outra ponta, proprietários que dependem do aluguel de apartamento em São Paulo, por exemplo, como renda também ficaram descobertos – principalmente aqueles que fizeram contratos de locação sem garantia, como fiador, caução ou seguro-fiança.

Em boa parte dos casos, a solução foi conversar. De acordo com o último Termômetro de Locação da Secovi (sindicato da habitação), 54% dos inquilinos pediram renegociação do aluguel entre 7 e 14 de julho.

Enquanto locatários de imóveis residenciais pleitearam descontos de até 35%, os comerciais pediram redução média de 54% no valor. O período para o desconto varia de 1 a 6 meses, mas a maioria (56%) concordou em 3 meses.

Quando não há acordo, resta apelar para o Poder Judiciário. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foram protocoladas 1.290 ações locatícias na capital em junho, representando um aumento de 55,8% em comparação ao mês anterior.

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Do total, 89,1% são por falta de pagamento. Para Bruno, espera-se que para os próximos trimestres, haja uma pequena melhora e aumento do preço, ainda que em termos reais negativos, tanto para locação quanto para venda.

Atualizado em: 02/02/2022 às 17h33

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