Levantamento de fintech mostra perfil de quem utiliza home equity no Brasil
Empresário com renda de R$ 28 mil e imóvel de quase R$ 2,5 milhões compõe perfil médio deste tipo de empréstimo
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Empreendedor, 40 anos, renda mensal de R$ 28 mil e proprietário de um imóvel avaliado em R$ 2,4 milhões. Um levantamento realizado pela fintech Franq mostra que esse é o perfil mais comum entre aqueles que recorrem ao home equity no Brasil. E a maioria deles toma o crédito investir em um negócio próprio.
O home equity é uma modalidade de crédito em que o indivíduo coloca seu imóvel como garantia de pagamento. Pelo valor do bem, este tipo de empréstimo tende a cobrar juros mais baixos.
Na prática, o tomador recebe o dinheiro buscado em uma única parcela e durante o processo de pagamento desta dívida, a instituição que disponibilizou o dinheiro se torna proprietária do imóvel via alienação fiduciária. Quando o pagamento é realizado integralmente, o bem volta ao nome do proprietário.
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Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP) apontam para um crescimento superior a 80% nos empréstimos desta modalidade desde 2019. Somente em 2023, R$ 7 bilhões foram concedidos em crédito. A pesquisa realizada pela Franq indica que a maior parte das pessoas que buscam o home equity no País pertencem às classes mais altas.
Dos 5.389 pedidos atendidos pela startup entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024, 73% foram relativos a casas e apartamentos avaliados em um valor médio de R$ 1,3 milhão. Entretanto, outras propriedades, como galpões, terrenos e imóveis comerciais impulsionaram o valor médio das propriedades a cerca de R$ 2,4 milhões.
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“Observamos que as características do imóvel são tão ou mais importantes que o histórico de crédito do cliente”, afirma Daniel Ferretti, Diretor de Produtos da Franq.
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Crédito para investimento
Entre os motivos listados para tomar o crédito, somando pessoas físicas e jurídicas, o principal foi a realização de investimentos no próprio negócio, com 38,5% das respostas. Em seguida, aparecem a reestruturação de dívidas (19,3%), a aquisição de bens (11,5%), a reforma do imóvel (11,4%) e capital de giro (4,7% do total, mas 28% entre as empresas). Outros motivos somam 14,6% das respostas.
Os resultados vão ao encontro da situação profissional dos tomadores de empréstimo via home equity. Empresários respondem 37% da tomada de crédito. seguidos por autônomos (20%), assalariados (15%), funcionários públicos (6%) e aposentados/pensionistas (5%) completam a lista. Os outros 16,5% são empresas.
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