“Também deve
ser feito um planejamento de encargos ao longo do período, não se limitando a
concessões de curto prazo, porque o mercado imobiliário exige planejamento de tempo
mais amplo, pelo elevado valor dos bens envolvidos e pelo intervalo dos
financiamentos que são, via de regra, longos.”
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Obstáculos
Dessa forma, ele afirma que o que
falta no Brasil é a tomada de decisões políticas e econômicas (fiscais e
monetárias), de modo a preservar a saúde e reestruturar a economia, e ressalta
que “o País está muito longe de tomar as medidas na magnitude necessária”. Para
Bence, existe um vácuo e uma desorganização do setor público, por falta
de coordenação da presidência, que deveria elaborar um plano multidisciplinar,
coeso e predefinido a respeito das medidas que serão tomadas.
Já Paulo
Assis, diretor nacional do departamento comercial e de incorporações da
Direcional Engenharia, aproveita o momento para refletir historicamente sobre o
cenário de incertezas enfrentado pelo mundo, com forte envolvimento dos
bancos centrais, como vimos na crise do subprime nos Estados Unidos
(EUA) há mais de uma década. Agora, a prática se repete. Talvez até em níveis
recordes, segundo ele. “São recursos para assegurar a continuidade das
atividades, dos negócios e para proteção das pessoas em função da perda de
renda, trabalho e todas as demais consequências sociais e econômicas. Em função
disso, o cenário de juros tende a ficar em nível mais baixo para que viabilize
a retomada geral das atividades e assegurar que a sociedade deixe a UTI e se
restabeleça aos poucos”, comenta Assis.
“Por outro lado,
no Brasil, vivemos um período inédito sobre as tarifas para o
crédito imobiliário. Taxa oficial nos níveis históricos mais baixos e o
empréstimo privado se mexendo também nesse sentido. Temos clientes, na ponta
final desse processo, com juros a 7,5% ao ano, no Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo (SBPE), o que já é algo baixo para os padrões do País.”
E finaliza: “juros
mais baixos significam menos custos para todos e maior previsibilidade, tanto
para as companhias quanto para os clientes. Em outras palavras, o dinheiro
acaba ficando mais barato e permite decisões sob menos pressão”.