Como fazer uma avaliação de imóveis? Veja 5 dicas práticas
Perito especialista sugere atenção às regras legislativas da região e o entendimento do motivo daquela transação
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O processo de compra e venda de um imóvel geralmente é movido por cifras grandiosas, mas por trás destes números existe muito estudo. Decretar o preço de uma casa, prédio ou galpão é uma jornada que envolve diversas etapas, que vão desde a análise da região e comparação com outras propriedades ao momento de vida do cliente e custos relacionados ao bem.
O perito avaliador Junior Neves, CEO da Intermediare Brokerage Business, diz que a avaliação de um imóvel não pode ser vista apenas como precificação. O executivo conta que a prática é importante além da compra e da venda de um bem e vale para a avaliação de bancos, consórcios, fundos de investimento, avaliações judiciais e alienação fiduciária.
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Em painel no CIMI360, congresso internacional do mercado imobiliário da América Latina, que acontece essa semana no Distrito Anhembi, em São Paulo, ele explica que é necessário que os dados apresentados ajudem o contratante a, de fato, tomar uma decisão.
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A partir destas possibilidade, confira 5 dicas práticas para avaliar um imóvel:
1. Visitar o imóvel
A primeira etapa para precificar um imóvel é conhecê-lo. Ver de perto os diferenciais da propriedade, entender o estado do acabamento e as necessidades de reforma são etapas essenciais neste processo.
“Nesta visita, você deve registrar todos os detalhes, fotografando tudo o que puder. Evite o retrabalho”, recomenda Neves, que utiliza um drone para realizar essa avaliação. “É horrível precisar se locomover até o imóvel novamente só porque esqueceu de fotografar um banheiro”, exemplifica.
2. Conhecer a região
Por que um apartamento de três quartos no Itaim Bibi vai custar mais do que um apartamento de três quartos na Vila Romana? Por causa da localização. “Verifique se a propriedade tem vias de acesso, se tem supermercado perto e se tem outras vantagens por conta da localização. Um imóvel distante de tudo certamente vai custar bem menos”, sintetiza o executivo.
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3. Busca documental
Além de visitar o imóvel, é necessário aprofundar este conhecimento. A partir da matrícula da propriedade, o avaliador consegue averiguar informações fundamentais, como metragem, tipologia, grandes reformas e, principalmente, se o imóvel está regularizado ou se tem dívidas a pagar. “É preciso saber o estado do imóvel para fazer uma avaliação eficiente”, pontua Neves.
4. Atenção ao mercado
Também é importante estar atento ao momento em que o mercado imobiliário está. Na pandemia, por exemplo, o preço dos imóveis saltou quando a busca por casas maiores e mais afastadas aumentou. Em paralelo, existem regras regionais, planos diretores e legislações que o avaliador precisa levar em consideração ao realizar a avaliação.
“O debate da reforma tributária vai mudar os impostos cobrados nas transações imobiliárias. Ao mesmo tempo, tem estados que oferecem isenção fiscal para trocar um galpão, por exemplo”, enumera Neves.
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5. Entender as necessidades do cliente
O perito alerta que o custo de um imóvel depende do momento do vendedor e uma avaliação justa precisa levar isso em consideração. “Qual é o objetivo dessa venda? É por causa de um divórcio e a venda precisa ser liquidada rapidamente? É uma herança? O vendedor tem pressa em vendê-lo ou pode esperar chegar no melhor valor possível”.
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“Na prática, a avaliação do imóvel deve atender a demanda do avaliador. O valor precisa ser justo para atender as necessidades daquela pessoa”, sugere.
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