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OPINIÃO: Como o consumo de decoração revela novos comportamentos no Brasil

Anderson Passos é diretor executivo da ABCasa

Por:Anderson Passos 11/05/2025 2 minutos de leitura
“Setor cresce e mostra que, mais do que estilo, o lar virou espaço de identidade, bem-estar e escolhas conscientes de consumo”/ Crédito: Pixel-Shot/AdobeStock

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Nos últimos tempos, a casa deixou de ser um simples lugar de passagem para se tornar o cenário principal da vida de milhões de brasileiros. Transformada em refúgio, espaço de conexão, trabalho e descanso, ela reflete desejos, valores e, principalmente, hábitos de consumo. E o setor de artigos para casa e decoração tem sentido esse impacto de forma direta — e positiva.

De acordo com a pesquisa inédita realizada pela ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil), em parceria com o IEMI (Inteligência de Mercado), o mercado brasileiro de artigos para casa movimentou R$ 102 bilhões em 2024, o que representa um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior. 

Além disso, o consumo anual por domicílio chegou a R$ 1.362, o que indica não apenas maior poder de compra, mas uma valorização clara dos ambientes domésticos.

Esse movimento é impulsionado por um consumidor mais atento, exigente e conectado. Hoje, 56% das pessoas pesquisam os produtos presencialmente e finalizam a compra online. Portanto, o digital está completamente integrado à jornada de compra — não apenas como canal de vendas, mas como meio de decisão. Os principais motivos? Preço, prazo de entrega e comodidade. Esse comportamento híbrido veio para ficar.

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Outro dado relevante é o perfil de quem consome. A diversidade é um traço marcante: 39% são casais adultos, 24% casais jovens e 21% jovens solteiros. Em termos de classe social, entre os casais adultos, 55% pertencem às classes A e B, mas 45% estão nas classes C, D e E. 

Entre os fatores decisivos na hora da compra, a qualidade do produto lidera com 50% das escolhas, seguida pela durabilidade (35%) e pelo preço (32%). Ou seja, o consumidor quer mais do que estética: ele busca funcionalidade, resistência e valor agregado. A casa precisa ser bonita, mas também prática e acolhedora.

As datas sazonais continuam sendo grandes impulsionadoras de vendas. A Black Friday, por exemplo, é apontada por 46% dos entrevistados como principal ocasião de consumo, seguida por datas como o Dia das Mães (14%) e o Natal (7%). Esses períodos trazem à tona não só o desejo de renovar os ambientes, mas também o prazer de presentear e preparar a casa para receber.

Todo esse cenário exige do setor sensibilidade e adaptação constante. O que está em jogo não é apenas a venda de um item de decoração, mas a conexão com um momento da vida do consumidor. O lar é uma extensão emocional das pessoas. Entender isso é essencial para que as marcas desenvolvam produtos com significado e posicionamentos coerentes.

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