O brasileiro está cada vez mais preocupado com o impacto ambiental gerado por seus hábitos. Nesse sentido, muito tem sido feito para cuidar do meio ambiente, como o reuso de água, os investimentos em energia solar, a utilização de itens e construções sustentáveis e até a reciclagem do lixo orgânico. Porém, sempre há o que fazer para prejudicar menos as nossas fontes naturais.
Um dos pontos mais críticos de uma residência em relação ao impacto ambiental é o banheiro, já que esse é o maior vilão no consumo de água de um imóvel. Durante a execução do empreendimento, diversos aspectos podem ser elaborados para reduzir os efeitos e o desperdício.
“Acredito que incentivar o uso de tecnologias e empreendimentos sustentáveis é de extrema importância para a harmonia do meio ambiente, bem como para a economia, pois sempre há reduções de gastos quando decidimos apoiar esse tipo de ação”, explica Vinícius Soares, criador do perfil no InstagramEngenharia e Sustentabilidade e aluno do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG).
O profissional afirma que se engana quem acredita que para elaborar um banheiro sustentável é necessária uma grande obra possível somente no início do projeto para uma residência. Ao contrário do que se pensa, é viável realizar adaptações nas instalações atuais de qualquer sanitário.
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“Um espaço sem desperdício é algo extremamente inovador e que merece mais atenção. Basta uma simples engenharia e você consegue uma boa redução de gastos”, conta Soares. “Um bom exemplo é uma conexão da pia até o vaso sanitário. Assim você pode utilizar a mesma água para duas funções: lavar as mãos e reaproveitar essa água para a descarga”, exemplifica.
Em relação aos valores, uma adaptação mais simples, sem necessariamente priorizar a estética do banheiro, possui um custo relativamente baixo e de rápida recuperação do investimento.
Para uma obra de pequeno porte seriam utilizados apenas quatro materiais: uma caixa organizadora de plástico (custo aproximado de R$ 50), um cano de policloreto de polivinila (PVC), cujo valor médio é R$ 25, e uma pastilha de cloro (ao preço de R$ 15). Somando os valores de materiais, projeto e mão de obra, chegamos a um desembolso de cerca de R$ 300. O valor pode variar, dependendo da disposição das peças (pia e vaso sanitário), mas não fica muito distante desta média, de acordo com Soares.
Existem ainda outras soluções baratas que podem ser pensadas para reduzir ainda mais o impacto ambiental, como a utilização de caixa acoplada para o vaso sanitário, com custo inicial de R$ 80 sem instalação, a substituição das válvulas antigas, que soltam entre 12 e 24 litros de água de cada vez, por novas (aproximadamente R$ 200), que soltam entre 3 e 6 litros, além da instalação de redutores de vazão, que garantem economia de até 80% no chuveiro e 60% em torneiras (preços a partir de R$ 10).
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