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Projeto “Casa 1 Euro” da Itália vale a pena?

Confira as principais condições desta proposta e quais são as reais intenções ao anunciarem unidades a esse valor

Por: Da Redação 08/01/2021 3 minutos de leitura
É importante ter em mente que existem uma série de requisitos a serem cumpridos antes e após o proprietário adquirir o imóvel/ Foto: Getty Images

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Recentemente, muito tem se falado sobre o projeto Casa 1 Euro da Itália, que chama a atenção, principalmente de quem possui passaporte da União Europeia e já considerou morar no país. No entanto, passada a empolgação e euforia, é natural desconfiar e pensar que tudo não passa de uma pegadinha, pois eventualmente vemos propostas mirabolantes no mercado e, ao checar, descobrimos que pode não ser exatamente o que foi anunciado.

Existe uma história por trás das propriedades vendidas por um euro. O primeiro local a oferecer os imóveis foi a cidade de Tarento, na região da Apúlia, com a intenção de revitalizar uma cidade que estava praticamente abandonada. O abandono do município ocorre por dois motivos: o primeiro é a localização da cidade, que fica muito isolada; a razão é que as edificações e os aparatos urbanos são muito antigos.

Seguindo o modelo executado pela cidade ao sul da Itália, diversos outros vilarejos começaram o seu projeto de casa por um euro, sendo que cada uma possui as suas condições de venda.

Como funciona o projeto Casa 1 Euro da Itália?

A principal dúvida de quem vê alguma informação relacionada à oferta é se ela realmente existe, mas, por mais incrível que possa parecer, sim, é real e é mesmo possível comprar uma casa por um euro na Itália. No entanto, existem algumas condições.

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Como cada vilarejo ou cidade dispõe das suas exigências, começaram a surgir empresas avaliadoras, que informam aos clientes se a casa de interesse é ou não um bom negócio, considerando fatores como localização, condições gerais do patrimônio, aparatos urbanos da cidade, dentre outros.

Seja qual for o interesse, é importante ter em mente que existem uma série de requisitos a serem cumpridos antes e após o proprietário adquirir o imóvel. Um dos itens mais básicos, e que vigora na maioria das cidades, é o de revitalização. Ou seja, o novo proprietário tem que apresentar um projeto de reforma para a prefeitura, sempre respeitando a arquitetura histórica da cidade.

Após a prefeitura aprovar o projeto, o comprador tem que iniciar as obras dentro de seis meses e terminá-la em no máximo três anos. Mas o trâmite de obra está longe de ser algo simples, porque se tratam de cidades históricas, onde qualquer intervenção tem que acompanhar a arquitetura local. Além disso, trata-se de localizações isoladas, onde o custo de envio de materiais e contratação de mão-de-obra são elevados.

Outra questão é que muitas prefeituras exigem que todos os gastos referentes à construção sejam realizados por meio da contratação de profissionais locais, para aquecer a economia da região. Também uma condição muito comum é a existência de um depósito caução assegurando a reforma do imóvel, em valores que variam de mil a cinco mil euros, dependendo da prefeitura.

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Este valor só pode ser revisto após os três anos estipulados para o término das reformas, que, caso não sejam cumpridos, a administração da cidade pode confiscar o imóvel e ainda ficar com o depósito do proprietário, independente se já foram realizadas ou não mudanças, reformas ou restaurações no local. Então, caso o seu sonho seja morar na Itália pagando apenas um euro pela casa, esteja ciente de que o investimento será maior do que isso.

Desde que o projeto Casa 1 Euro da Itália começou, em 2016, cerca de 200 casas foram vendidas, a maioria para investidores estrangeiros com elevado poder aquisitivo.

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