Pompeia vive boom de novos prédios impulsionado por nova linha de metrô
Avenida Pompeia e Rua Tucuna estão entre vias com mais transformações no bairro; mudança no entorno da Linha 6-Laranja é incentivada pela legislação municipal
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As caçambas de entulho nas calçadas, o barulho, a poeira e o vaivém de trabalhadores da construção civil têm explicitado, sobretudo no último ano, uma mudança antes discreta na Pompeia: a verticalização.
Os ares de “vila” que estavam presentes até no nome do bairro, da zona oeste de São Paulo, têm se transformado com a demolição de casas e sobrados para a construção de edifícios no entorno das obras da Linha 6-Laranja do Metrô, em vias como a Avenida Pompeia e a Rua Tucuna, dentre outras.
A verticalização ocorre no perímetro da chamada “Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana (ZEU)” da futura Estação Sesc-Pompeia, no qual um levantamento do Estadão identificou ao menos 13 prédios com apartamentos em obras ou preparação e mais oito demolições não identificadas prontas ou em andamento.
A área envolve 21 quadras em um perímetro delimitado pelas Ruas Palestra Itália, Caraíbas, Ministro Ferreira Alves, Tucuna, Desembargador do Vale, José Tavares de Miranda, Padre Chico e Doutor Augusto de Miranda. A maior concentração é nas primeiras quadras da Avenida Pompeia vive boom de novos prédios.
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As obras se devem principalmente a um decreto municipal de 2016, que transformou os entornos das futuras estações da Linha 6-Laranja em ZEU, tornando-os mais propícios para o aumento populacional estimulado pelo Plano Diretor.
Para atrair o mercado imobiliário e promover o desejado adensamento, a legislação permite construir mais em um mesmo terreno se o projeto seguir características que estimulam uma maior circulação de pessoas nas calçadas e a geração de empregos, como a fachada ativa” (comércio e serviços no térreo) e o uso misto (residencial e não residencial no mesmo condomínio), dentre outras.
Para incorporadoras e urbanistas ouvidos pelo Estadão, a verticalização é mais evidente na Pompeia que vive boom de novos prédios do que no entorno de parte de outras estações por envolver um bairro já valorizado.
Entre os motivos, estão a localização no centro expandido e próxima das Marginais, o interesse da população de classes média e alta, a oferta variada de comércios e serviços e a proximidade com espaços de lazer (shoppings, Allianz Parque, Sesc e outros) e faculdades (como o Centro Universitário São Camilo e a PUC).
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Pompeia vive boom de novos prédios e causa mudanças no bairro que dividem opiniões entre moradores
A situação divide opiniões entre moradores. Uma descrição comum é da sensação de viver dentro de um canteiro de obras, especialmente pelo ritmo ininterrupto na futura estação (cujo último balanço é de 7,59% de conclusão). Enquanto uma parte da população local critica e fala em descaracterização da vizinhança, outra celebra a chegada do metrô e espera que o aumento populacional amplie o público dos comércios já existentes.
A designer Cláudia Carminati, de 45 anos, não vê pontos positivos na transformação. Da terceira geração de moradores do bairro, onde sempre viveu, ela descreve a substituição do convívio de vizinhos que se conheciam há anos por edificações sem a mesma relação com o entorno.
Uma das fundadoras do movimento Preserva Vila Pompeia, atribui à verticalização transtornos no entorno e um futuro sombreamento das casas. “Piorou o trânsito, a qualidade do ar, a poluição sonora. Aumentou o valor de aluguéis e há a diminuição de áreas verdes, principalmente jardins e quintais.”
Leia esta matéria completa em:
https://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,70004027799
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