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O que valoriza uma rua? Especialistas explicam

Localização, proximidade de vias de acesso e arborização são diferenciais

Por:Breno Damascena 20/03/2024 2 minutos de leitura
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Especialistas afirmam que ruas próximas de parques e praças atraem mais investidores e, por isso, são mais caras/ Crédito: Breno Damascena

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No universo de mais de 50 mil ruas e avenidas oficiais que compõem a cidade de São Paulo, a mais valorizada fica no coração do Jardim Europa, bairro nobre da zona oeste da cidade. A Rua Seridó, vizinha da estação de metrô Cidade Jardim, ostenta o metro quadrado avaliado em cerca de R$ 67.073, o mais caro do País, de acordo com um levantamento realizado pela DataZAP para o Estadão Imóveis

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Próxima dos clubes Pinheiros, Paulistano e Hebraica, a rua abriga apartamentos que ultrapassam os R$ 30 milhões. E é justamente esse fácil acesso a pontos importantes da cidade que fomenta o bom resultado da Rua Seridó, mas não o único. A localização se destaca como principal engrenagem no sistema de valorização de um bairro ou rua, porém outros aspectos ajudam a determinar o custo do metro quadrado na região. 

É isto que explica Alvaro Marco Coelho da Fonseca, Diretor Executivo da Coelho da Fonseca, imobiliária especializada no mercado de alto luxo. “Se a rua estiver a uma distância caminhável dos principais estabelecimentos daquele bairro, como um supermercado ou uma farmácia, ela tende a ser mais valorizada”, afirma Alvaro, que também destaca a estrutura do solo como fator importante na equação. 

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“Se a rua for plana, as pessoas conseguem andar com tranquilidade, e o carro acelera menos, fazendo menos barulho”, justifica. Ele indica que o trânsito de veículos e pessoas também são analisados no momento de apontar o valor dos imóveis. “Ruas residenciais que não têm congestionamento são mais valorizadas. Também é importante que elas não possuam mais comércios do que residências”, adiciona.

Ruas arborizadas tendem a abrigar imóveis com o metro quadrado mais valorizado que outras regiões/ Crédito: Breno Damascena

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Alvaro conta que ruas fechadas com portões e cancelas também são mais valorizadas, além da proximidade de praças e parques. Por outro lado, ele observa que poucas coisas desvalorizam tanto os imóveis quanto as feiras livres. “As feiras de rua atrapalham o trânsito e impedem o morador de chegar em casa, o que acaba desvalorizando o bem”, analisa o executivo.

“Não existe rua boa em bairro ruim”

São Paulo possui 6 das 10 ruas mais caras para comprar um imóvel no País. Delas, quatro estão no Jardim Europa, enquanto as outras duas estão no Itaim Bibi e na Vila Nova Conceição. “Não existe bairro ruim com uma rua supervalorizada”, justifica o consultor imobiliário Daniel Rosenthal. “Tudo está ligado ao potencial da rua de facilitar a vida dos moradores daquele local”, resume. 

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“As pessoas vão investir onde notam potencial valorização do investimento”, acrescenta Daniel. Para alcançar este objetivo, ele diz que os três pontos fundamentais são localização, infraestrutura e segurança. “As vias de acesso, parques próximos, iluminação, nível de vigilância e monitoramento aumentam a demanda do público por uma determinada rua”, sinaliza.

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