Interior de São Paulo avança em lançamentos de imóveis, mas vendas caem
Campinas e Região Metropolitana de São Paulo se destacam com impulso do Minha Casa, Minha Vida

Publicidade
Depois de um 2023 vivendo a ressaca pós-pandemia, o interior de São Paulo parece ter recuperado a confiança dos incorporadores. De acordo com um relatório da Secovi-SP, a região ostentou um avanço de 9,6% no número de imóveis lançados em 2024. Apesar disso, o número de vendas caiu e a expectativa do segmento é de mais dificuldades este ano.
Liderado pela região de Campinas e pela Região Metropolitana de São Paulo, o interior do estado registrou o lançamento de 61.829 unidades em 2024, sendo quase 60% (35.967) por meio do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
Apesar do avanço em relação a 2023 (56.394 unidades), o número representa uma queda em comparação a 2022 (78.787 unidades) e 2021 (70.789 unidades) – anos de pandemia.
+ Imóveis comerciais valorizam abaixo da inflação, mas aluguel continua em alta
Publicidade
“2024 é um ano importante de retomada dos lançamentos, depois da queda observada em 2023”, observa Guilherme Werner, sócio-consultor da Brain Inteligência Estratégica, empresa à frente do estudo encomendado pela Secovi-SP. “É importante pontuar que 2021 e 2022 foram os dois melhores anos da série histórica em lançamentos”, contextualiza.
Vendas em queda, imóveis mais caros
Em contrapartida, o relatório indica uma diminuição de 2,9% no número de unidades vendidas no interior de São Paulo em relação a 2023. Foram 63.212 imóveis negociados no período. Apesar da queda tímida, o ano ilustra a tendência de contração do mercado imobiliário na região. Em 2021, foram 83.308 unidades vendidas; em 2022, 67.563 unidades; e em 2023, 65.104 unidades.
Enquanto o número de vendas diminui, o preço dos imóveis vendidos aumentou. O estudo aponta que o Valor Geral de Vendas em 2024 chegou a R$ 30,5 milhões, o que representa um crescimento de 4% em relação a 2023 (R$ 29,3 mi) e de 13% em relação a 2022 (R$ 25,9 mi), além de se equiparar a 2021 – quando o VGV vendido foi de R$ 30,1 mi.
Campinas e Região Metropolitana de São Paulo
O resultado histórico em VGV é impulsionado principalmente pela Região Metropolitana de São Paulo, onde o número chegou a R$ 5,8 milhões. Em Campinas, o VGV ultrapassou os R$ 5,1 mi, e na Baixada Santista chegou a R$ 4 milhões. As três localidades, aliás, são as mais significativas do interior em quase todos os critérios analisados.
Publicidade
A região de Campinas, por exemplo, foi a que registrou o maior número de lançamentos no ano em 2024 – sendo responsável por 21,5% dos lançamentos no período. Em número de vendas, a macroregião foi responsável por 18,5% das vendas. Em número de vendas, a macroregião foi responsável por 18,5% das vendas. O estudo engloba Hortolândia, Bragança Paulista, Indaiatuba, Sumaré, Valinhos e o município de Campinas neste grupo.
+ Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel; veja ranking
A Região Metropolitana de SP, que envolve Barueri, Cotia, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco e Santana de Parnaíba, não ficou muito atrás. Foi responsável por 19,1% dos lançamentos no interior e 18,8% das vendas. Enquanto isso, a Baixada Santista – de Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande – representou 7% dos lançamentos e 7% das vendas.
A diferença de Valor Geral de Vendas é justificada pelo preço e tipos de imóveis negociados em cada local. Ao passo que o Minha Casa, Minha Vida responde por 48,8% das unidades vendidas na Região Metropolitana e 61,7% das unidades de Campinas, o programa é responsável por apenas 9% das vendas na Baixada Santista.
Publicidade
NOTÍCIAS MAIS LIDAS
NEWSLETTER
IMÓVEIS
Inscreva-se e receba notícias atualizadas do mercado de imóveis