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Quartos vazios de hotéis viram escritórios na quarentena

Modelo de operação é oferecida nos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e demais capitais com grande demanda de escritórios

Por: Da Redação 26/06/2020 2 minutos de leitura
Hotéis que oferecem esse modelo de operação estão localizadas em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e demais capitais com grande demanda de escritórios/ Crédito: Marten Bjork no Unsplash

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Durante o isolamento social, uma série de novos desafios aparecem, principalmente no que diz respeito às atividades relacionadas ao trabalho. Para resolver uma necessidade e atender a crescente demanda, as redes de hotéis criaram uma tendência, implementando o home office no quarto, conhecidos como room office.

Como o isolamento recomendado atinge grande parte da população (o Estado de São Paulo chegou a 59% no mês de maio), muitas pessoas não possuem, em suas residências, a tranquilidade necessária para exercer suas atividades. Outra questão bem comum está relacionada à falta de estrutura, como mesa e cadeira ergonômica ou conexão de internet com qualidade.

De olho neste público e no crescente número de quartos vagos, os hotéis da rede Accor criaram um local voltado para o trabalho, promovendo o chamado home office no dormitório. As hospedarias que oferecem esse modelo de operação estão localizadas em grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e demais capitais com grande demanda de escritórios.

“Ter um local seguro, confortável e com preço acessível será uma solução para muitos profissionais de diferentes áreas”, afirma em nota o vice-presidente executivo de midscale da Accor no Brasil, Olivier Hick. Vale salientar que a ideia não é transformar os quartos em uma solução para empresas que não podem retornar às suas atividades em um estabelecimento comercial. Esse modelo tem como público alvo aqueles que não se sentem confortáveis para trabalhar de casa ou não possuem a estrutura necessária.

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Outro público que deve ser atendido pelo novo modelo de locação são as pessoas que faziam uso dos escritórios de coworking. Até por isso, as redes de hotéis basearam o valor do serviço nesses espaços. “Fizemos um preço médio semelhante ao aluguel de uma estação de trabalho em um local compartilhado. No futuro, pode ser mais conveniente pagar R$ 2.000 por mês do que alugar um escritório”, explica Hick.

Algumas empresas já ofertaram essa solução para alguns funcionários considerados primordiais, arcando com os custos do aluguel. As soluções também são pensadas no modelo de pagamento, que é realizado por depósito, débito automático ou transferência, para evitar o manuseio de cédulas ou de máquinas de cartão.

Outra saída adotada para garantir a segurança de todos, é priorizar o atendimento via WhatsApp, evitando ao máximo o número de hóspedes que utilizam o telefone dos quartos, ou que se dirijam pessoalmente até a recepção. Além disso, os hotéis têm outros serviços que facilitam o isolamento social: prestam o atendimento de cozinha completo e pacotes de café-da-manhã, almoço e jantar, sempre com as refeições servidas no próprio quarto.

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