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Descubra 5 cidades fantasmas no Brasil para se lembrar da série The Last of Us

Fordlândia, Igatu e Cococi são exemplos de municípios que resistem mais no imaginário popular do que no mundo real

Por: Redação, Estadão Imóveis 25/02/2023 4 minutos de leitura
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Memória de algumas cidades brasileiras existe apenas nas ruínas engolidas pela vegetação/ Crédito: Getty Images

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Um dos pontos altos da série The Last of Us é a estética de abandono e destruição que ambienta os cenários pelos quais caminham os protagonistas enquanto atravessam os Estados Unidos. Apesar de ser uma série ficcional, é mais fácil do que parece encontrar lugares com este mesmo visual em cidades reais. Aqui neste texto, o Estadão Imóveis apresenta 5 cidades fantasmas brasileiras: 

  1. Fordlândia, Pará
Fordlândia se tornou um distrito da cidade de Aveiro, no Pará/ Crédito: Getty Images

Localizada no Pará, às margens do Rio Tapajós, a Fordlândia é fruto da imaginação de Henry Ford, o magnata fundador da companhia de carros. O projeto passava por construir uma cidade para que os funcionários da empresa pudessem morar e produzir borracha para os pneus dos carros a partir do cultivo das seringueiras na região.

O projeto realizado na década de 1920 decretou seu fracasso nos anos 1950. As casas destinadas aos trabalhadores eram muito quentes, bebidas alcoólicas eram proibidas, mas o pior foi o impacto provocado pelos desmatamentos e pragas que destruíram as plantações.

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Atualmente, a cidade se tornou um distrito do município de Aveiro e, de acordo com o Censo de 2010, conta com apenas 1,2 mil habitantes. 

  1. Velho Airão, Amazonas

Também chamado de Airão Velho, o município foi, em 1694, o primeiro povoado fundado às margens do Rio Negro. Naquela época, era um destino popular de padres missionários que viviam da caça e pesca. 

Os tempos de glória vieram no século 19, quando uma linha de navegação a vapor foi instalada no local sob ordem do Visconde de Mauá. Tornando-se um porto fluvial, a região ganhou uma posição de destaque no território, que permaneceu até o final da Segunda Guerra Mundial.

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Da mesma forma que Fordlândia, a borracha também esteve presente na história de Velho Airão. O material foi protagonista do ponto alto da cidade, quando, na década de 1920, as casas eram construídas com o elemento. 

Com a derrocada das seringueiras, o local foi aos poucos sendo desabitado e deu lugar a um novo povoado, o Novo Airão. Hoje, a velha cidade é feita apenas de ruínas e memórias. 

  1. São João Marcos, Rio de Janeiro
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Fundada em 1739, São João Marcos já chegou a ter mais de 20 mil habitantes no seu auge, além de clubes, escolas, um hospital e até um teatro. 

A cidade construída na Mata Atlântica foi desapropriada em 1940 pelo então Presidente Getúlio Vargas, que ordenou a construção de uma barragem no lugar. Desta forma, o aumento da capacidade do reservatório de água e energia da então capital do País resultou no destino trágico de São João Marcos. 

Ass ruínas da cidade agora podem ser visitadas após uma trilha de 40 minutos. 

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  1. Cococi, Ceará

No meio do sertão do Ceará, ruínas se confundem com a vegetação e servem como registros históricos de uma cidade que já existiu ali. Criada no século XVIII, Cococi já possuiu um cartório, praças e mansões que abrigaram famílias de coronéis e cerca de dois mil habitantes.

Os moradores deixaram a região por conta da estiagem e por uma suposta briga do então prefeito com o governo militar. Em 1979, a região perdeu o status de cidade e hoje faz parte do município de Parambu.

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  1. Igatu, Bahia
Igatu já fez parte do ciclo do ouro da Chapada Diamantina em seus tempos áureos/ Crédito: Getty Images

No censo de 2010, Igatu, na Bahia, contava com apenas 360 habitantes. O número simboliza a decadência da cidade que já foi o lar de 10 mil moradores. 

Conhecida atualmente como “Machu Picchu baiana”, o município possui ruínas que lembram o período majestoso, quando o ciclo do diamante na Chapada Diamantina alcançou seu auge. 

Hoje, a região faz parte do distrito de Andaraí e é lembrada pelas paisagens naturais marcantes e sua arquitetura colonial, com ruínas de igrejas e casarões antigos. 

Ruínas se tornaram um ponto atraente para turistas na região/ Crédito: Getty Images

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