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Como a Selic em 10,50% impacta os fundos imobiliários?

Fundos de papel e fundos de tijolo devem ter desempenhos diferentes diante de movimento da taxa de juros

Por: Redação, Estadão Imóveis 05/08/2024 2 minutos de leitura
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Orientação de especialistas é diversificar os investimento para tentar mitigar os riscos diante da volatilidade/ Crédito: jamesteohart/AdobeStock

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O mês de julho chegou ao fim com o anúncio de que a taxa Selic será mantida em 10,50%. O tom do comunicado realizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), destacando o clima de adversidade no ambiente externo, acendeu um sinal de alerta no mercado, que anseia por um ritmo contínuo de queda no índice. 

Fato é que a estabilização da Selic altera perspectivas em vários setores, inclusive do mercado imobiliário e de quem investe no setor. 

“O Copom reforçou que devemos nos preparar para um cenário de taxas de juros elevadas por um período prolongado, o que indica um comprometimento com a estabilidade econômica frente às pressões inflacionárias”, disse Rafael Bellas, coordenador de produtos da InvestSmart, em entrevista ao site Bora Investir

E as gestoras de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) já estão se ajustando a esta perspectiva. 

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Também em conversa com o Bora Investir, Maria Fernanda Violatti, head de Fundos Listados no Research da XP, afirma que os ativos estão sendo negociados atualmente com um desconto, já considerando um possível aumento da Selic. “Se essa possibilidade realmente se concretizar, pode haver um impacto negativo na classe”, diz ela.

Fundos de tijolo ou fundos de papel?

Violatti entende que se a taxa Selic voltar a subir é um sinal de que a inflação está mais elevada. Isso significaria um bom momento para os fundos imobiliários de papel, que têm, na maioria, seus portfólios indexados ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

+ Queda da Selic empolga agentes do mercado imobiliário

Enquanto os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) estão tradicionalmente atrelados a índices de inflação ou taxas de juros, eles respondem diretamente ao que acontece com a Selic. “Portanto, os FIIs de papel podem oferecer rendimentos mais elevados aos investidores, tornando-se mais atrativos”, observa Rafael.

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Por outro lado, os fundos de tijolo são atrelados a imóveis físicos, distribuindo rendimentos aos cotistas com o pagamento de aluguéis, por exemplo. “O aumento da Selic eleva o custo do crédito, o que pode reduzir a demanda por imóveis comerciais e residenciais, pressionando os preços dos aluguéis e a valorização dos imóveis”, disse o executivo na conversa com o Bora Investir.

Enquanto uma potencial alta na Selic é positiva para os fundos de papel e negativa para os FIIs de tijolo, aqui o impacto é justamente o contrário. Rafael explica que a taxa de juros baixa pode provocar uma redução no desempenho dos FIIs de papel, pois os títulos que estão atrelados ao índice tendem a desvalorizar.

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