Apesar de desaceleração, preço do aluguel residencial continua em alta
Setor apresentou valorização de 0,87%, crescimento menor que o registrado nos últimos seis meses
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O aluguel residencial no Brasil está cada vez mais caro. Apesar da desaceleração neste mês, quando o Índice FipeZAP+ de Locação Residencial registrou uma alta de 0,87%, o histórico recente mostra uma variação crescente contínua: abril (+1,84%), maio (+1,70%), junho (+1,58%), julho (+1,37%), agosto (+1,30%) e setembro (+1,08%).
Ou seja, mesmo com outubro sendo um mês de diminuição dessa valorização, a variação média do aluguel residencial superou o resultado do IPCA (+0,59%) e do IGP-M (-0,97%) no mesmo período. O balanço anual do Índice FipeZAP+ mostra que o valor da locação residencial acumula alta de 14,63%. Para efeitos de comparação, a inflação anual do IPCA é +4,70% e a do IGP-M é +5,58%.
“Estamos ainda em momento de recuperação, ligado à retomada da economia pós pandemia. O retorno das atividades presenciais, a retomada da produção de alguns setores e o retorno às aulas presenciais, principalmente nas universidades, são importantes para esse segmento”, comenta Larissa Gonçalves, economista do DataZAP+. “Mas a tendência é de estabilização”, ela comenta.
Em sua perspectiva, a desaceleração observada em outubro é um sinal que os preços vão parar de ter variações tão abruptas e voltar a tendência de evolução natural. “O crescimento deste ano é uma recuperação das quedas dos anos anteriores. A expectativa para os últimos meses do ano é que a valorização do índice de locação permaneça positiva, mas convergindo com os demais índices do mercado, como IGP-M”, analisa.
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Desbancando São Paulo com o aluguel mais caro do país, Barueri agora ocupa a liderança no ranking, com o valor médio de R$ 48,52 por m². “O mercado de locação possui uma dinâmica mais veloz que o mercado de compra e venda. O mercado imobiliário de luxo cresceu durante o período pandêmico, e Barueri, por sofrer forte influência de Alphaville, tende a ser mais volátil que São Paulo”, acredita a economista.
A capital paulista aparece na segunda posição, com R$ 44,86/m² e Recife vem logo em seguida com o metro quadrado custando em média R$ 41,12. O índice analisa o comportamento dos preços de aluguel residencial em 25 cidades brasileiras.
Cidade | R$/m² |
Barueri (SP) | R$ 48,52 |
São Paulo (SP) | R$ 44,86 |
Recife (PE) | R$ 41,12 |
Florianópolis (SC) | R$ 38,37 |
Santos (SP) | R$ 38,23 |
Rio de Janeiro (RJ) | R$ 37,06 |
Brasília (DF) | R$ 36,85 |
São José (SC) | R$ 32,18 |
São José dos Campos (SP) | R$ 31,78 |
Praia Grande (SP) | R$ 31,01 |
Belo Horizonte (MG) | R$ 30,15 |
Santo André (SP) | R$ 29,72 |
Guarulhos (SP) | R$ 29,43 |
Salvador (BA) | R$ 29,42 |
Curitiba (PR) | R$ 29,00 |
Porto Alegre (RS) | R$ 26,95 |
São Bernardo do Campo (SP) | R$ 26,11 |
Campinas (SP) | R$ 25,98 |
Goiânia (GO) | R$ 24,91 |
Joinville (SC) | R$ 24,69 |
Niterói (RJ) | R$ 23,96 |
Fortaleza (CE) | R$ 23,22 |
Ribeirão Preto (SP) | R$ 19,96 |
São José do Rio Preto (SP) | R$ 18,93 |
Pelotas (RS) | R$ 15,78 |
O levantamento realizado pelo Índice mostrou que apenas quatro das 25 cidades analisadas registraram queda no valor do aluguel residencial em outubro: Fortaleza (-0,97%); São Bernardo do Campo (-0,26%); Joinville (-0,20%); e Salvador (-0,12%). Enquanto isso, São José (SC) foi a cidade com a maior alta do mês (+3,65%), seguindo a tendência observada em setembro (+3,28%).
Dentro da cidade de São Paulo, o bairro com o aluguel mais caro é o Itaim Bibi, onde o m² está custando, em média, R$ 70,8 /m². É a terceira região mais valorizada do país, atrás apenas do Leblon (R$ 76,0 /m²) e de Ipanema (R$ 73,5 /m²), no Rio de Janeiro.
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