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5 dicas para compra da casa ideal pelo programa Casa Verde e Amarela

Interessados em adquirir a casa própria usando o programa de habitação podem considerar residir no bairro escolhido para saber se é o ideal antes de fechar negócio

Por: Rafael Moura, Estadão Imóveis 14/04/2022 6 minutos de leitura
Mulher pensando e cuidando da decoração do seu imóvel novo
Além do preço do imóvel, o processo de aquisição envolve custos extras: por volta de 10% a mais com documentação e trâmites/ Crédito: Getty Images

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Depois do anúncio da redução de juros da Caixa Econômica Federal para financiamento para compra da casa própria, as novas condições do Programa Casa Verde e Amarela, estarão vigentes a partir de 12/04 às famílias com renda entre R$2.000,01 e R$ 2.400,00.

Segundo o especialista Paulo Antonio Kucher, vice-presidente da Lyx Engenharia, as novas regras são mais atrativas para os clientes, porque os juros que incidem sobre as parcelas do financiamento são os mais competitivos do mercado imobiliário atual.

“No sistema antigo, um imóvel com avaliação da Caixa de R$ 160.000,00, com a taxa de 5,64% ao ano para uma pessoa com renda de R$ 2.050,00, a parcela ficaria em R$ 614,99. O valor máximo do financiamento seria de 102.000,00 e a entrada seria formada pelo subsídio + FGTS + entrada da pessoa”, explica.

“No atual modelo do Programa Casa Verde e Amarela de como funciona, com a redução para 5,11% ao ano, no mesmo exemplo de um imóvel de 160.000,00, para uma pessoa com renda de R$ 2.050,00, a parcela seria os mesmos R$ 614,99. Mas o valor do financiamento seria de 107.000,00 reais. Desta forma, diminuiria a necessidade da entrada por parte do comprador. Além disso, no novo modelo deve aumentar em 15% o teto do valor dos imóveis financiados”, afirma Kucher.

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Em 2021 a Caixa Econômica Federal registrou recorde de financiamentos habitacionais, chegando a 140 bilhões. Em 2022 (janeiro e fevereiro), já foram contratados 21,5 bilhões pela Caixa. Isso representa crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Para o especialista, a intenção de pressionar ou não os outros bancos é uma questão de mercado, como acontece em qualquer outra empresa. “Recentemente o banco Santander anunciou que entrou na concorrência junto a Caixa e o Banco do Brasil para financiar imóveis na planta. Até então tínhamos um pequeno monopólio dos 2 bancos. São movimentos naturais de mercado para acelerar a economia”, explica.

Para ajudar pessoas a encontrar um local ideal dentro das condições oferecidas pelo Programa Casa Verde e Amarela, consultamos o especialista Renato Martins Rodrigues, Head de Operações da Kzas Krédito, para ajudar  os futuros compradores a terem em mente os pontos fundamentais antes de fazer a escolha do local da construção do imóvel. 

Martins alerta que, apesar de a compra da casa pode representar a realização de um sonho, também envolve grandes responsabilidades e decisões, inclusive dos custos que existem na aquisição e possíveis “reformas e acabamentos” nos espaços novos ou usados pelo casa verde e amarela.

“Imóvel no mercado não falta, mas identificar oportunidades de negócio que caibam no orçamento sem atrapalhar a rotina financeira, que atendam às necessidades particulares e que tragam menos dor de cabeça possível, exige atenção”, afirma.

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Veja as dicas para escolher o imóvel ideal:

1 – Descubra a melhor região para você

Por vezes temos a tendência de ser bairristas, ou seja, nos apegamos a bairros que já conhecemos ou frequentamos e deixamos grandes oportunidades passarem. Então, pesquise outras regiões além das mais populares (claro, que sejam de fácil acesso para você) e dê uma olhada nos imóveis ali. Você pode se surpreender. É fundamental também levar em consideração a facilidade de deslocamento e a segurança da região.  

É importante pensar nas necessidades básicas das pessoas que moram com você. Se for um casal ou um casal com filhos, lembre-se que essas pessoas mudam de trabalho — e irão precisar ter fácil acesso a ele. A família e os parentes podem precisar estar próximos, os filhos podem precisar mudar de escola. Mesmo se for se mudar sozinho, pense bem nas necessidades já existentes e nas que podem vir pela frente.

2 – Pondere entre imóvel novo ou usado

Lembre-se de fazer um paralelo com imóveis que possuem mais de 15 anos e imóveis com menos de 15 anos. Ao passo que imóveis novos possuem plantas menores e algumas facilidades, como varanda gourmet, os imóveis mais antigos possuem metragens maiores e cômodos mais espaçosos.

Assim, se você não gosta de nada apertado, passa mais tempo em casa e prefere aquelas plantas que separam os cômodos das áreas comuns, você pode se sentir mais acolhido em um imóvel com, pelo menos, 10 anos, que possui paredes mais espessas e essas outras características.

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3 – Se atente às característica do imóvel

Primeiro, pensamos na distribuição das plantas. Os projetos de hoje em dia estão com plantas menores, porém, com distribuição muito bem aproveitadas e planejadas. Atualmente, temos incorporadoras que estudam projetos de navios e de aviões para otimizar os espaços dos imóveis mais compactos.

Varanda gourmet, o sonho de muitos que querem a casa própria, também só surgiu nas plantas mais recentes e virou um item quase obrigatório na busca de imóveis, principalmente pela grande São Paulo. 

4 – Avalie os espaços de lazer

Muitos edifícios contam com áreas comuns cada vez mais ricas e amplas que são um verdadeiro chamariz. Elas oferecem piscinas, academias, área gourmet, espaço para reuniões e coworking, setor exclusivo para o recebimento de entregas, petshop interno e muito mais. 

Vale ressaltar que, se você é alguém que tem a vida corrida, que não fica em casa ou não gosta de nadar, fazer exercícios e se envolver com atividades comuns em espaços públicos, possivelmente vai acabar não usando nada que o espaço oferece. Mas, mesmo assim, a conta do condomínio chega todo mês para você pagar. Então, pense bem sobre procurar um imóvel com as mesmas características e condições, mas sem estas atrações que pesam mais no orçamento.

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5 – Opte pelo imóvel que cabe no seu bolso

De fato, todos que vão fazer acompra da casa própria entendem bem esta frase: a casa própria é um investimento para a vida. Por isso, existem vários pontos para fazer com que esta compra realmente seja um investimento, não uma dor de cabeça (e de bolso).

A primeira coisa é lembrar-se do FGTS. Agora é a hora em que esta “poupança forçada” vai ajudá-lo na compra da casa pr´ópria. Para fazer uso do FGTS é preciso ter 3 anos de carteira assinada, não possuir nenhum outro imóvel já em seu nome e usar este primeiro estritamente para moradia.

Também verifique o melhor momento para um financiamento. Veja se a porcentagem das taxas teve uma redução e quais bancos estão com as melhores oportunidades de crédito para a compra da casa.

E fique de olho no comprometimento da renda. A porcentagem máxima que pode ser utilizada com o financiamento de imóvel é 30%, ou seja, se você ganha entre R$2.000 a R$4.000, pode usar apenas R$600,00 a R$1.200,00 respectivamente, o que o programa pode permitir. Se atentar a isso é muito importante para uma boa escolha.

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Reserva necessária na compra do imóvel

Além do preço, o processo para adquirir um imóvel envolve custos extras que parte das pessoas desconhece: pagamento do ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis), escritura e registro do bem em cartório. Estes valores, quando somados, chegam a custar em torno do equivalente a 10% da casa. Portanto, lembre-se de guardar essa “gordurinha” na hora de comprar a casa própria.

“Apesar de o financiamento não ser um processo simples, hoje o mercado oferece soluções que podem desburocratizar essa fase da compra da casa. A tecnologia, por exemplo, é um ponto crucial para facilitar o acesso ao crédito imobiliário e garantir que tudo aconteça de forma eficiente”, finaliza Rodrigues.

Conteúdo atualizado em: 21.06.2022 às 14h17

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