Investir em Imóveis

Investidores imobiliários veem barganhas em fundos e vão às compras

A recuperação dos fundos de tijolos foi ajudada pelo fato de a pandemia dar sinais de que está perdendo força, o que ajudará a melhorar o uso desses imóveis, observou o analista da Guide, Caio Ventura

Por: Circe Bonatelli, O Estado de S.Paulo 04/01/2022 2 minutos de leitura
Fundos detentores de shoppings foram alguns dos alvos de aportes/ Crédito: Getty Images

Publicidade

Os grandes investidores imobiliários foram às compras em dezembro, de olho em ativos considerados verdadeiras barganhas, isto é, com preços de mercado muito abaixo dos seus valores patrimoniais. O alvo dos aportes foram os fundos detentores de shopping centersgalpões logísticos e prédios corporativos, cujas cotas vinham sendo negociadas em Bolsa com descontos na ordem de 20% a 25%, na média. Algo inimaginável até antes de a pandemia começar. Naquela época, o valor de mercado dos fundos é que superava o valor patrimonial.

Mesmo com todas as incertezas sobre os rumos da economia brasileira, investidores avaliaram que esses descontos estavam exagerados no fechamento do ano, o que detonou a onda de busca por esses ativos em dezembro. Como resultado, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) deu um salto de 8,8% no mês – a maior alta em cerca de dois anos. O movimento ajudou a amenizar boa parte das perdas sofridas pelo Ifix ao longo dos meses anteriores, fechando o ano em baixa de apenas 2,3%.

A recuperação em dezembro foi puxada pelos fundos de tijolos, segundo o analista do BTG Pactual, Daniel Marinelli. Pelos seus cálculos, os fundos de shoppings lideraram a performance do Ifix em dezembro, com ganhos de 13%. Em seguida vieram galpões, com 10%, e prédios corporativos, 7%. Já os fundos de recebíveis subiram 4%, e os fundos de fundos, 9%. O BC Fund, maior fundo de prédios corporativos, subiu cerca de 13% em um mês. Já o XP Malls, maior de shoppings, avançou 15% aproximadamente.

A recuperação dos fundos de tijolos foi ajudada pelo fato de a pandemia dar sinais de que está perdendo força, o que ajudará a melhorar o uso desses imóveis, observou o analista da Guide, Caio Ventura. Fundos de shoppings, por exemplo, têm visto melhora das vendas dos lojistas e das visitas de consumidores. E os prédios corporativos vivem a expectativa de redução das jornadas de home office e retorno dos trabalhadores.

Publicidade

Ambos os analistas ponderam, entretanto, que o salto do Ifix em dezembro não configura o início de um ciclo contínuo de alta. A expectativa ainda é de volatilidade para o setor, impactado por inflação e juros altos, dúvidas sobre situação fiscal do País e polaridade bem marcante nas próximas eleições presidenciais. Também não está claro se os inquilinos terão reajustes de aluguéis em linha ou acima da inflação, o que coloca sob pressão a rentabilidade desses imóveis.

O Broadcast+ é uma plataforma líder no mercado financeiro com notícias e cotações em tempo real, além de análises e outras funcionalidades para auxiliar na tomada de decisão.

Nota originalmente publicada em: https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/investidores-imobiliarios-veem-barganhas-em-fundos-e-vao-as-compras/ 

NEWSLETTER
IMÓVEIS

Inscreva-se e receba notícias atualizadas do mercado de imóveis

Notícias relacionadas

Imagem destacada

Descarbonização do setor imobiliário é pauta de conferência no Rio de Janeiro

2 minutos de leitura
Imagem destacada

3 cuidados com a construção estrutural do imóvel para prestar atenção

2 minutos de leitura
Imagem destacada

Saiba quais são as perguntas mais feitas sobre aluguel no Google

2 minutos de leitura
Imagem destacada

Rio de Janeiro é o destino mais procurado por brasileiros neste carnaval

1 minuto de leitura