Fundos de galpões logísticos é o segmento preferido de quem investe em FIIs, aponta levantamento
Estudo da Brain Inteligência mostra que modalidade também tem a maior satisfação entre investidores
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De acordo com estudo realizado pela Brain Inteligência, 77% dos investidores de FIIs aportaram em Fundos de galpões logísticos entre 2020 e 2022. É o segmento preferido de quem atua no setor, seguido de perto por Fundos de Lajes Corporativas (75%) e Fundos de Recebíveis Imobiliários (74%). A modalidade dos galpões também registrou um nível de satisfação com a rentabilidade e solidez de 72% em outubro.
Os resultados positivos observados pelo setor estariam conectados à aceleração do e-commerce. “Durante a pandemia, pessoas que não pensavam em comprar online se viram na necessidade de fazê-lo. Desta forma, a infraestrutura que a atividade precisa para crescer veio junto. Nós tínhamos menos áreas de operações logísticas do que a demanda existente”, analisa Daniel Diniz Sznelwar, sócio-diretor da LOT Consult.
“Como a aprovação e a construção de novos galpões logísticos leva tempo, esta falta de oferta foi revertida em novos contratos, de maior tempo e maior valor. A taxa de vacância nos melhores galpões atingiu níveis muito baixos e este resultado foi sentido nos Fundos de Galpão, que se tornaram opções de investimentos menos voláteis às oscilações de mercado”, complementa Sznelwar.
Perfil dos investidores de FIIs
O estudo também mostrou que a maior motivação para quem investe em fundos imobiliários é a possibilidade de garantir um recebimento mensal de renda (92%). Os dados apurados em outubro de 2022 mostram que a justificativa é seguida pela isenção de I.R. nos dividendos (62%), diversificação (54%), investir em imóveis sem aquisição física (50%) e valorização da cota (10%).
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Outro indicativo curioso do estudo é que 50% do aporte desses investidores é voltado para os FIIs. E 38% dos investidores de FIIs também realizam investimentos diretamente em imóveis físicos. A maior parte deles também investem em outros tipos de modalidade, como Renda Fixa (80%), Ações (69%), Multimercado (59%), Criptomoedas/Bitcoins (10%) e Câmbio (6%).
A pesquisa realizada com 831 investidores entre 04 e 17 de outubro de 2022 também apontou que 49% dos investimentos em FIIs foram de mais de R$ 100 mil. A maior parte dos entrevistados investiram de R$ 100 mil a R$ 500 mil no segmento. E 21% investiram mais de R$ 500 mil.
Percepção dos riscos dos fundos imobiliários
Na visão dos investidores de FIIs, o maior risco para quem aporta no setor é a administração dos fundos. Cerca de 75% das pessoas consideram esse um ponto de atenção na hora de fazer negócio, superando fatores como Vacância (71%), que era o principal motivo em 2021, e Inadimplência (53%). Essa percepção, de acordo com Sznelwar, é um sinal de maturidade.
Para ele, os investidores estão analisando mais do que o dividendo mensal ou a qualidade dos ativos na hora da decisão de investir. “Existe a percepção de que parte do bom resultado, especialmente alinhado com a estratégia de carteira de cada investidor, vem de um bom trabalho do Gestor”, justifica.
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“Fundos com um bom relacionamento com os investidores, relatórios claros, assíduos e transparentes, com mensagens claras das teses de investimento, dos acontecimentos relevantes, suas consequências e ações tomadas levam vantagem na hora da decisão de investimento e, consequentemente, no valor de suas cotas.”
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