Inicialmente conhecido por suas chácaras, pelos anos de 1870 a 1960, o Brás se desenvolveu com a chegada dos imigrantes italianos. O bairro foi batizado em homenagem ao português José Brás, um dos proprietários de chácaras na época de sua fundação e responsável pela construção da Igreja Senhor Bom Jesus de Matosinho.
No século XVII, a região foi apelidada como “parada do Brás”, um ponto de passagem para as pessoas que dirigiam da Sé até a Nossa Senhora da Penha, onde existia um grande povoado. Era comum que as pessoas parassem na Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinho, base mais importante das procissões religiosas. Importante desde a fundação do bairro, o santuário se tornou matriz em 1818 e, em, 1903, foi reinaugurado, contando com uma estrutura maior.
Em meados dos anos 1900, a região do Brás foi se consolidando cada vez mais com a chegada de novos imigrantes italianos. Atualmente a comunidade italiana no Brasil representa aproximadamente 15% da população, com 30 milhões de pessoas. O estado de São Paulo recebeu 70% de todos os imigrantes italianos e hoje acolhe cerca de 12 milhões de italianos e descendentes, representando 30% de sua população. Já a cidade de São Paulo possui cerca de 12 milhões de habitantes, sendo que mais de 6 milhões são italianos ou descendentes, ou seja, aproximadamente 55% da população da cidade é de origem italiana.
Após a década de 1940 começou uma nova onda migratória no Brás: milhares de trabalhadores nordestinos vieram para São Paulo em busca de uma oportunidade de emprego. Segundo dados de 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, o Estado de São Paulo foi, e ainda é, o principal destino de migrantes vindos da região nordeste do Brasil. Os números revelam que vivem aproximadamente 5,6 milhões de nordestinos no Estado, ou seja, 12,7% da população.
16/01/2020
Eu mesmo imigrou no Bras 1969 e queria muito ver este predio branco bonito que se usava como recolher os imigrantes. A metade deste predio nesta epoca foi usado como hospital.