Como é de se esperar em grandes centros urbanos, a cidade de São Paulo possui uma elevada densidade demográfica, com 7.398,26 habitantes por quilômetro quadrado (hab/km²) , segundo estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse elevado nível de ocupação faz com que terrenos grandes à venda sejam cada vez mais difíceis de serem encontrados. Para quem deseja adquirir um espaço maior, a melhor opção é procurar em áreas mais afastadas da região central da cidade.
“É importante lembrar que a zona sul é muito grande e tem desde áreas muito nobres assim como áreas de baixa renda ainda disponíveis, quanto mais extremas nos dirigimos do eixo dos bairros de alto padrão do território sulista, conseguimos encontrar pedaços de terras maiores. Nos locais mais distantes haverá mais interesse para produto econômico. Antigamente nestas regiões encontrávamos grandes indústrias e galpões, algo que está cada vez mais escasso em São Paulo”, lembra Gustavo Feola, engenheiro civil e corretor especializado em terrenos da Gustavo Feola Negócios Imobiliários.
De fato, o polo localizado na esfera celeste da cidade é mais extenso, com mais de 600 quilômetros quadrados (km²). Além disso, segundo o especialista, em geral os distritos mais notáveis são bem abastecidos de comércio, serviços e transporte. “A maior parte dos escritórios mais novos e grandes prédios corporativos da cidade de São Paulo está no eixo da Faria Lima e Berrini e com isso podemos pensar em maior possibilidade de locações para os investidores de imóveis comerciais”.
Ele explica ainda que para imóveis residenciais tem uma vasta possibilidade desde bairros como Saúde e Vila Mariana, pensando em um eixo de metrô e proximidade com a Avenida Paulista, apartamentos de classe média e alta, nos bairros Ipiranga, Vila Sônia, Interlagos, que podemos pensar em apartamentos mais econômicos e pegar uma outra gama de perfil de clientes, o consumidor final e investidores que compram apartamentos na faixa de até R$ 500 mil para ter renda mais pulverizada.
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Feola também aponta que Santo Amaro, Capão Redondo, Sacomã e Grajaú, pensando no perfil econômico ainda oferece muitas possibilidades. “Para as áreas afastadas os produtos econômicos do chamado programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e o atual Casa Verde e Amarela, existem alguns bolsões nestes que cabem unidades para a classe média. Em outro ponto, se conseguirmos formar uma área de uns 2 mil m² no Itaim Bibi, com um bom zoneamento, podemos pensar num grande empreendimento e para o perfil de classe alta”.
“E, claro, podemos ir para Moema e Campo Belo que ainda conseguimos esbarrar em algumas boas áreas de um único proprietário à venda. Ressalto que não necessariamente é um espaço amplo, como uma incorporadora costuma trabalhar, muitas vezes é um local que faça sentido, pelo zoneamento, região e produto”, completa Gustavo.
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Parabéns pela matéria Feola !