Com isso, a economista aponta maneiras para
planejar a gestão do dinheiro abrindo mão de pequenos prazeres e até de auto-cobranças
excessivas para atingir metas pessoais. O primeiro passo é colocar no papel
quais são as receitas (todo o dinheiro que entra por mês), quais são as
despesas obrigatórias (contas, alimentação, saúde, educação, taxas de serviços,
etc.) e quais são as despesas opcionais (como TV a cabo ou assinatura digital,
aquele churrasco com os amigos e o transporte por aplicativo, por exemplo).
O passo seguinte é tomar as providências necessárias
para reduzir esses gastos. “Entre elas, trocar o banco que cobra taxa pela
cesta de serviços por uma agência online que não faz esse recolhimento,
eliminar a tarifa altíssima do cartão de crédito e também todos os pagamentos a
prazo – o que dá a falsa sensação de poder de compra daquilo que de repente não
faz nenhum sentido diante dos objetivos que estamos mirando”, conta Gabriela. “As
pessoas não acreditam, mas evitando esse tipo de gasto, o investimento passa a
fazer sentido e a conquista é algo real.”
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Outra forma ainda de manter as finanças em ordem é
fazer listas de compras de itens básicos. A quantidade de opções disponíveis
nas gôndolas dos supermercados tira a atenção de qualquer pessoa. Por isso,
anote o que está faltando em um papel ou no próprio celular. Existem
aplicativos, como o Boa Lista e iList Touch, que ajudam nessa tarefa. E siga
rigorosamente as anotações, para não acabar fazendo compras supérfluas ou
desnecessárias. Comparar os preços também é fundamental para economizar.
Por fim, domine a regra dos 10 segundos e dos 30
dias. Evitar o prazer instantâneo é uma das regras mais fundamentais no que se
refere a finanças pessoais. Por isso, pare por 10 segundos e verifique se você
realmente precisa do produto. Caso não encontre uma boa resposta, deixe o item
onde ele estava. Isso vai te impedir de fazer compras por impulso. Se fizer o
exercício por um mês, será possível notar que o desejo de compra passou e
haverá algum dinheiro guardado simplesmente por ter esperado.
De acordo com Gabriela, 2.500 alunos já passaram
pela No Front. O público do curso “Empoderamento Financeiro” é formado por 90%
de pessoas negras e 65% de mulheres, com alguns casos que são orgulho para a
escola, como a jovem de 22 anos que chegou cheia de dívidas no cartão de
crédito e, hoje, cerca de um ano depois, está pagando seu primeiro intercâmbio
internacional.