Economia criativa norteia retrofit de prédio icônico no centro de São Paulo
Renata Sampaio Ferreira será disponibilizado para locação de curta, média e longa duração
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Depois de passar por um processo de retrofit, o edifício Renata Sampaio Ferreira será reinaugurado nesta sexta-feira (27). O prédio, que faz parte de um conjunto de estruturas que simbolizam o momento de glória econômica do centro de São Paulo, deixou de ser um empreendimento corporativo para se tornar um complexo cultural, gastronômico e residencial.
Localizado na esquina das ruas Major Sertório e Araújo, o Renata Sampaio Ferreira sofreu diversas adaptações arquitetônicas comandadas pelo escritório Metro Arquitetos. A fachada e as áreas comuns, porém, continuam intactas, respeitando o legado do arquiteto Oswaldo Bratke (1907-1997), responsável pelo projeto original, e atendendo ao tombamento realizado pelo departamento de patrimônio histórico da cidade.
Serão 93 unidades residenciais de 25 m² a 284 m² divididos em 5 tipologias: estúdio, 1 quarto, 2 quartos e duplex de 2 a 3 quartos. Os apartamentos estarão disponíveis apenas para aluguel, por meio da plataforma Tabas. Os moradores vão usufruir de serviços como academia, sauna e piscina, mas a ideia é que o espaço abrace também os não moradores.
“Será um prédio dedicado à economia criativa e um ponto de encontro da cidade”, afirma Guil Blanche, CEO e fundador da Planta.Inc, empresa responsável por este e outros projetos de retrofit no centro de São Paulo. Para isso, o edifício vai contar com restaurantes, bar, café e espaços para eventos, como exposições, workshops e performances.
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A expectativa é que a partir de março de 2024, o café Nata, o bar Lágrima e o brasserie Renata Bar e Restaurante se instalem no local. “O Renata Sampaio Ferreira será o lugar em que as pessoas da economia criativa e artistas vêm frequentar, seja morando ou aproveitando os ambientes”, acredita Guil. “Estamos participando da transformação positiva do bairro Vila Buarque”.
Renata Sampaio Ferreira e o centro de São Paulo
Construído em meados da década de 1950, o Renata Sampaio Ferreira integra um grupo de seis edificações tombadas em 2012 pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo por conta do seu valor histórico e arquitetônico. O prédio aparece na lista ao lado de obras icônicas, como o Copan, o antigo São Paulo Hilton Hotel e o Jaçatuba.
O edifício também foi escolhido para ser o primeiro projeto inaugurado pela Lei do Requalifica, iniciativa da Prefeitura aprovada neste ano que concede incentivos fiscais e edilícios para interessados em requalificar prédios antigos na região central. “É um olhar diferente para um prédio tombado em um local que até pouco tempo atrás assustava o mercado”, celebra Guil.
“O novo ‘Renata’ vem coroar o momento da requalificação da região central pela iniciativa privada com o apoio do poder público. É um projeto que quebra algumas barreiras, principalmente a de mostrar para o setor imobiliário que é possível promover a requalificação de forma eficiente”, observa o empreendedor. “Vamos aumentar a atração por mais investimentos no centro”, acredita.
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A Planta.Inc investiu R$ 60 milhões no retrofit do Renata Sampaio Correia. O prédio faz parte do portfólio da companhia que conta com outros quatro prédios requalificados ou em operação de retrofit. “Ao requalificar edifícios no lugar de construir uma estrutura do zero, você emite menos gases poluentes. Além disso, promover cidades mais densas é a maior ferramenta de se criar sustentabilidade ambiental e social nas cidades”, defende Guil.
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