Arquitetura Sustentável

Como fazer tratamento de esgoto sustentável em casa

Nem metade do esgoto no País é tratado antes de ser despejado no meio ambiente. A saída é recorrer a tratamentos de esgoto caseiros para diminuir o impacto

Por: Da Redação 30/09/2020 2 minutos de leitura
Substituir as fossas tradicionais por biodigestores é uma forma viável e caseira de tratar o esgoto/ Foto: Getty Images

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De acordo com estudo do Instituto Trata Brasil, baseado no Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS) de 2018, o saneamento básico está avançando, mas ainda falta muito para conseguir alcançar as metas brasileiras. Entre elas, o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidades (ONU), de 2015, em que o País se comprometeu a universalizar o saneamento básico até 2030. Internamente, é signatário do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), pelo qual prometeu disponibilizar o serviço a toda a população até 2033.

O despejo indevido de esgoto no meio ambiente está entre os desafios. O mesmo estudo apontou que somente 46% dos dejetos produzidos no Brasil é tratado antes de ser despejado no solo, rios e praias. Isso significa que o País todo despejou na natureza 5.715 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento por dia em 2018. Por ano, isso totaliza mais de 2 milhões de piscinas olímpicas.

O indicador médio de coleta de esgoto nos 100 maiores municípios brasileiros foi de 73,30% em relação aos 72,77% de 2017. Ou seja, melhoria pequena entre um ano e outro e que leva à preocupante constatação de que mesmo nas maiores cidades brasileiras, o tratamento de esgoto está longe da universalização. É o caso da cidade de São Paulo, que tem um dos melhores tratamentos de esgoto frente à realidade brasileira. No entanto, todos dias, mais de 311 milhões de litros são enviados aos córregos da cidade sem qualquer tratamento. Os dados são do Portal Tratamento de Água.

Biodigestores: tratamento sustentável

Grande parte das residências brasileiras utilizam as fossas sépticas para depósito dos dejetos sem nenhum tratamento. Embora isso seja uma alternativa para evitar o despejo a céu aberto e a proliferação de doenças, causa a contaminação do solo e da água.

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Substituir as fossas tradicionais por biodigestores é uma forma viável e caseira de tratar o esgoto. Bactérias anaeróbicas ficam responsáveis por fazer a decomposição dos dejetos dentro do equipamento. Além de evitar o descarte incorreto no meio ambiente, o processo ainda permite a coleta do líquido e gás produzidos, que podem se transformar em adubo orgânico e biocombustível, respectivamente.

Embora sejam mais comuns no tratamento de esgoto de residências rurais, existem no mercado biodigestores compactos que podem ser instalados em casas urbanas e até estabelecimentos comerciais. O biodigestor é aterrado e conectado à estrutura de esgoto do local para receber os dejetos e recebe uma tampa para permitir a inspeção e manutenção do equipamento.

Essa instalação requer uma boa base de apoio para evitar problemas, como desabamento do solo, principalmente se for feita em garagem ou local de passagem de veículos. A escolha do biodigestor também deve ser realizada com cuidado, levando em conta a quantidade de pessoas que moram ou frequentam o local, porque o equipamento tem limite de volume depositado, mas pode ser conectado a outros para aumentar a capacidade.

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